Your browser doesn't support javascript.
loading
Resultados maternos e perinatais em gestantes portadoras de leucemia / Maternal and perinatal outcomes in pregnant women with leukemia
Nomura, Roseli Mieko Yamamoto; Igai, Ana Maria Kondo; Faciroli, Natália Cristina; Aguiar, Isabela Neto; Zugaib, Marcelo.
  • Nomura, Roseli Mieko Yamamoto; s.af
  • Igai, Ana Maria Kondo; s.af
  • Faciroli, Natália Cristina; s.af
  • Aguiar, Isabela Neto; s.af
  • Zugaib, Marcelo; s.af
Rev. bras. ginecol. obstet ; 33(8): 174-181, ago. 2011. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-608241
RESUMO
RESUMO OBJETIVO: Descrever as complicações maternas e os resultados perinatais entre as gestantes com diagnóstico de leucemia que foram acompanhadas no pré-natal e no parto em hospital universitário. MÉTODOS: Estudo retrospectivo do período de 2001 a 2011, que incluiu 16 gestantes portadoras de leucemia acompanhadas pela equipe de pré-natal especializado em hemopatias e gestação. Nas leucoses agudas, diagnosticadas após o primeiro trimestre, a recomendação foi realizar a quimioterapia apesar da gestação em curso. Nas gestantes com leucoses crônicas, quando controladas do ponto de vista hematológico, foram mantidas sem medicação durante a gravidez, ou, foi introduzida terapêutica antineoplásica após o primeiro trimestre. Foram analisadas as complicações maternas e os resultados perinatais. RESULTADOS: A leucemia linfoide aguda (LLA) foi diagnosticada em cinco casos (31,3 por cento), a leucemia mieloide aguda (LMA) em dois casos (12,5 por cento) e a leucemia mieloide crônica (LMC) em nove casos (56,3 por cento). Nos casos de leucemias agudas, dois (28,6 por cento) casos foram diagnosticados no primeiro trimestre, dois (28,6 por cento) no segundo e três (42,9 por cento) no terceiro. Duas gestantes com LLA diagnosticada no primeiro trimestre optaram pelo aborto terapêutico. Quatro casos de leucemia aguda receberam tratamento quimioterápico na gestação, com diagnóstico estabelecido após a 20ª semana. Em um caso de LLA com diagnóstico tardio (30ª semana) a quimioterapia foi iniciada após o parto. Todas as gestantes com leucemia aguda evoluíram com anemia e plaquetopenia, quatro casos (57,1 por cento) evoluíram com neutropenia febril. Das gestantes com LMC, quatro utilizavam mesilato de imatinibe quando engravidaram, três delas suspenderam no primeiro trimestre e uma no segundo. Durante a gravidez, três (33,3 por cento) não necessitaram de terapêutica antineoplásica após suspensão do imatinibe; e em seis (66,7 por cento) foram utilizadas as seguintes drogas: interferon (n=5) e/ou hidroxiureia (n=3). No grupo de gestantes com LMC, verificou-se a ocorrência de anemia em quatro casos (44,4 por cento) e plaquetopenia em um (11,1 por cento). Quanto aos resultados perinatais, nas gestações complicadas pela leucemia aguda, a média da idade gestacional no parto foi de 32 semanas (desvio padrão - DP=4,4) e a média do peso do recém-nascido foi 1476 g (DP=657 g). Houve 2 (40,0 por cento) óbitos perinatais (um fetal e um neonatal). Nas gestações complicadas pela LMC, a média da idade gestacional no parto foi de 37,6 semanas (DP=1,1) e a média do peso do recém-nascido foi 2870 g (DP=516 g); não houve morte perinatal e nenhuma anomalia fetal foi detectada. CONCLUSÕES: É elevada a morbidade materna e fetal nas gestações complicadas pela leucemia aguda; enquanto que, nas complicadas pela LMC, o prognóstico materno e fetal parece ser mais favorável, com maior facilidade no manejo das complicações.
ABSTRACT
PURPOSE: To describe the maternal and perinatal outcomes of pregnant women diagnosed with leukemia who were followed up for prenatal care and delivery at a university hospital. METHODS: A retrospective study of the period from 2001 to 2011, which included 16 pregnant women with a diagnosis of leukemia followed by antenatal care specialists in hematological diseases and pregnancy. For acute leukemia diagnosed after the first trimester, the recommendation was to perform chemotherapy despite the current pregnancy. For chronic leukemia, patients who were controlled in hematological terms were maintained without medication during pregnancy, or chemotherapy was introduced after the first trimester. We analyzed the maternal and perinatal outcome. RESULTS: Acute lymphoblastic leukemia (ALL) was diagnosed in five cases (31.3 percent), acute myeloid leukemia (AML) in two cases (12.5 percent) and chronic myeloid leukemia (CML) in nine cases (56.3 percent). Of the cases of acute leukemia, two (28.6 percent) were diagnosed in the first trimester, two (28.6 percent) in the second and three (42.9 percent) in the third. Two patients with ALL diagnosed in the first trimester opted for therapeutic abortion. Four patients with acute leukemia received chemotherapy during pregnancy, with a diagnosis established after the 20th week. In one case of ALL with a late diagnosis (30 weeks), chemotherapy was started after delivery. All pregnant women with acute leukemia developed anemia and thrombocytopenia, and four (57.1 percent) developed febrile neutropenia. Of nine pregnant women with CML, four were treated with imatinib mesylate when they became pregnant, with treatment being interrupted in the first trimester in three of them and in the second trimester in one. During pregnancy, three patients (33.3 percent) required no chemotherapy after discontinuation of imatinib, and six (66.7 percent) were treated with the following drugs: interferon (n=5) and/or hydroxyurea (n=3 ). In the group of pregnant women with CML, anemia occurred in four (44.4 percent) cases and thrombocytopenia in one (11.1 percent). The perinatal outcomes of pregnancies complicated by acute leukemia were as follows: mean gestational age at delivery was 32 weeks (standard deviation - SD=4.4) and the mean birth weight was 1476 g (SD=657 g), there were 2 (40.0 percent) perinatal deaths (a fetal one and a neonatal one). In pregnancies complicated by CML, the mean gestational age at delivery was 37.6 weeks (SD=1.1) and the mean birth weight was 2870 g (SD=516 g). There was no perinatal death and no fetal abnormality was detected. CONCLUSIONS: Maternal and fetal morbidity is high in pregnancies complicated by acute leukemia. Whereas, in pregnancies complicated by CML, the maternal and fetal prognosis appears to be more favorable, with greater ease in management of complications.
Assuntos


Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Complicações Neoplásicas na Gravidez / Leucemia Mieloide / Leucemia-Linfoma Linfoblástico de Células Precursoras Tipo de estudo: Guia de Prática Clínica / Estudo observacional Limite: Adolescente / Adulto / Feminino / Humanos / Recém-Nascido / Gravidez Idioma: Português Revista: Rev. bras. ginecol. obstet Assunto da revista: Ginecologia / Obstetrícia Ano de publicação: 2011 Tipo de documento: Artigo

Similares

MEDLINE

...
LILACS

LIS


Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Complicações Neoplásicas na Gravidez / Leucemia Mieloide / Leucemia-Linfoma Linfoblástico de Células Precursoras Tipo de estudo: Guia de Prática Clínica / Estudo observacional Limite: Adolescente / Adulto / Feminino / Humanos / Recém-Nascido / Gravidez Idioma: Português Revista: Rev. bras. ginecol. obstet Assunto da revista: Ginecologia / Obstetrícia Ano de publicação: 2011 Tipo de documento: Artigo