Cardiopatia fetal e estratégias de enfrentamento / Fetal heart disease and coping strategies
Rev. bras. ginecol. obstet
;
33(9): 227-233, set. 2011. tab
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-609065
RESUMO
OBJETIVOS:
Avaliar as estratégias de enfrentamento (coping) das gestantes frente ao diagnóstico de cardiopatia fetal.MÉTODOS:
Foram entrevistadas 50 gestantes que receberam o diagnóstico de cardiopatia fetal. Para a coleta de dados utilizou-se uma entrevista semidirigida e o Inventário de Estratégia de Coping. A entrevista foi realizada, em média, 22 dias após terem recebido o diagnóstico.RESULTADOS:
Ao investigar como se sentiam em relação ao bebê, 56,0 por cento relataram preocupação e fragilidade, enquanto que as demais (44,0 por cento) afirmaram estarem felizes e bem. As estratégias mais utilizadas pelas gestantes foram resolução de problemas (73,0 por cento), suporte social (69,1 por cento), fuga/esquiva (62,7 por cento), e a estratégia menos utilizada foi a de afastamento (17,3 por cento). Constatou-se que as mulheres com companheiro, utilizaram mais a estratégia de resolução de problemas (p<0,05), assim como as que tinham entre 1 e 2 filhos (p<0,05).CONCLUSÕES:
As estratégias de enfrentamento ativas, voltadas para a resolução de problemas e pela busca de suporte social, associadas à responsabilidade e à necessidade de cuidados específicos para a sobrevivência e o bem-estar do bebê, propiciaram uma relação mais próxima com a gestação, fortalecendo o vínculo materno-fetal.ABSTRACT
PURPOSE:
To evaluate the coping strategies of women facing a diagnosis of fetal heart disease.METHODS:
We interviewed 50 women who had received a diagnosis of fetal heart disease. For data collection we used a semi-directed and Coping Strategy Inventory. The interview was conducted, on average, 22 days after the diagnosis.RESULTS:
When asked how they felt about the baby, 56.0 percent reported concern and fragility, while the remaining 44.0 percent said they were happy and well. The strategies most used by women were problem solving (73.0 percent), social support (69.1 percent) and escape/avoidance (62.7 percent), and the least used strategy was removal (17.3 percent). It was found that women with partners, as well as those with 1 or 2 children, used more the problem-solving strategy (p<0.05).CONCLUSIONS:
The active coping strategies, focused on problem solving and seeking social support, coupled with the responsibility and the need for specific care for the survival and welfare of the baby, brought about a closer relationship with the pregnancy, strengthening the maternal-fetal bond.
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Gravidez
/
Adaptação Psicológica
/
Doenças Fetais
/
Cardiopatias
Tipo de estudo:
Estudo observacional
/
Pesquisa qualitativa
/
Fatores de risco
Limite:
Adolescente
/
Adulto
/
Feminino
/
Humanos
Idioma:
Português
Revista:
Rev. bras. ginecol. obstet
Assunto da revista:
Ginecologia
/
Obstetrícia
Ano de publicação:
2011
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Universidade de São Paulo/BR
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