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Histeria: primeiras formulações teóricas de Freud / Hysteria: early theoretical formulations of Freud / Hystérie: les prémières formulations théoriques de Freud / Histeria: primeras formulaciones teóricas de Freud
Bocca, Francisco Verardi.
  • Bocca, Francisco Verardi; Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba. BR
Psicol. USP ; 22(4): 879-906, out.-dez. 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-611188
RESUMO
Na intenção de abordar o escorregadio tema da histeria, decidi enfrentá-lo recorrendo às teses e obras de Freud compreendendo o período entre 1886 e 1898. A histeria, desde sempre objeto heteróclito e de múltiplo pertencimento, reclamado pelo natural e pelo sobrenatural, pela razão e pela superstição, demandou uma interrogação se, algumas vezes encerrada tanto no corpo e outras no espírito, seria ou não uma doença. Interessa-me abordar a histeria a partir do tratamento dado por Freud. Quanto às chaves de leitura que orientaram essa pesquisa antecipo algumas para orientação do leitor: a própria apresentação histórica e cronológica do tema e das obras de Freud a respeito da histeria. Em termos conceituais, a articulação entre corpo e mente; a tese da ideogenia na etiologia da histeria; a introdução gradual da sexualidade infantil e finalmente a ultrapassagem da hipótese traumática, apoiada na teoria da sedução, em direção à admissão da fantasia. Tudo isso tendo em vista exercitar uma compreensão da teorização freudiana que reconheça a especificidade de sua produção a partir de uma via alternativa que não leve em consideração nem o fato de uma ruptura nem o de uma continuidade conceitual em sua elaboração.
ABSTRACT
With the intention of presenting the evasive matter which is the hysteria, I decided to overlook it using the theories and works of Freud, assuming the period between 1886 and 1898. The hysteria, since always an heterogeneous object of multiple belongings, claimed by the natural and the supernatural, by reason and superstition, demanded an inquiry if, so often closed either in the body or in the spirit, would be whether or not a disease. We are interested in the hysteria from the treatment given by Freud. As to the reading keys that guided this research I anticipate some to the guidance of the reader: the very historical and chronological presentation of the theme and the works of Freud about it. Conceptually, the relationship between mind and body, the thesis of ideogenia in the etiology of hysteria, the gradual introduction of infantile sexuality and finally, the overcoming of the traumatic hypothesis, supported by the seduction theory, towards the admission of fantasy. All this, in order to practice an understanding on the Freudian theory which recognizes the specificity of his production from an alternative route, which does not take into account the fact of neither a rupture nor a conceptual continuity in its elaboration.
Avec l'intention d'aborder le sujet glissant de l'hystérie, j’ai décidé de l’envisager en utilisant les théories et les œuvres de Freud pendant la période entre 1886 et 1898. Comme l'hystérie a toujours été un objet hétérogène et de multiple intérêt, revendiqué par le naturel et le surnaturel, par la raison et la superstition, elle a demandé une investigation si, éventuellement incarnée aussi bien dans le corps et dans l'esprit, elle serait ou non une maladie. Je suis intéressé d’approcher l’histérie a partir du traitement donné à elle par Freud. Quant à la stratégie de lecture qui oriente cette recherche, j’anticipe quelques indications au lecteur: la présentation historique et chronologique du thème et les œuvres de Freud sur l’hystérie. Sur le plan conceptuel, l’articulation entre corps et esprit; la thèse de idéogénie dans l'étiologie de l'hystérie; l'introduction progressive de la sexualité infantile et, finalement, le dépassement de l’hypothèse traumatique, appuyée sur la théorie de la séduction, vers l'admission de la fantaisie. Tout ça em pensant à exercer une compréhension de la théorisation freudienne qui reconnaisse la spécificité da sa production à partir d´une vie alternative, que ne prend pás em compte ni le fait d`une rupture, ni celui d´une continuité conceptuelle dans sa élaboration.
RESUMEN
Con la intención de abordar el tema resbaladizo de la histeria, me decidí enfrentarlo usando las teorías y las obras de Freud, en el período de 1886 y 1898. La histeria, siempre objeto excéntrico y de múltiples pertenencias, reivindicado por lo natural y lo sobrenatural, por la razón y la superstición, ha exigido una investigación, a veces centrada en el cuerpo y otras en el espíritu, por eso se pregunta si la histeria es una enfermedad o no. En cuanto a las claves de lectura que han guiado esta investigación, anticipo algunas para la orientación del lector: la presentación histórica y cronológica del tema de las obras de Freud sobre la histeria. Conceptualmente, la articulación entre el cuerpo y la mente, la tesis de ideogenia en la etiología de la histeria, la introducción gradual de la sexualidad infantil y, finalmente, la superación de la hipótesis traumática, con el apoyo de la teoría de la seducción, en dirección a la admisión de la fantasía. Todo esto con el fin de llegar a un entendimiento de la teoría freudiana que reconoce la especificidad de su producción, a partir de un camino alternativo que no tiene en cuenta el hecho de una rotura ni una continuidad conceptual en su construcción.
Assuntos


Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Psicanálise / Fantasia / Teoria Freudiana / Histeria Tipo de estudo: Guia de Prática Clínica Idioma: Português Revista: Psicol. USP Assunto da revista: Psicologia / Sa£de Mental Ano de publicação: 2011 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Pontifícia Universidade Católica do Paraná/BR

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