Bacteriúria assintomática em mulheres diabéticas: revisão sistemática / Asymptomatic bacteriuria in diabetic women: systematic review
Rev. Soc. Bras. Clín. Méd
;
11(2)abr.-jun. 2013.
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-676615
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A infecção do trato urinário (ITU) é uma doença frequente e na ausência de sintomas denomina-se bacteriúria assintomática (BA). O manuseio da BA em pacientes diabéticas é controverso, por esta razão o objetivo deste estudo foi discutir os achados na literatura que discorrem sobre BA em mulheres diabéticas e o manuseio desta condição clínica.CONTEÚDO Revisão sistemática da literatura no Medline,LILACS e Scielo, no período de 1997 a 2012, utilizando-se como descritores "asymptomatic bacteriuria and diabetes". A prevalência de BA é três vezes maior em mulheres diabéticas do que em não diabéticas. Vários fatores de risco para BA em mulheres com diabetes têm sido sugeridos, incluindo idade, intercurso sexual e duração da doença. A bactéria mais frequentemente encontrada é a Escherichia coli. Quanto à questão de a BA poder levar a perda de função renal ou hipertensão arterial sistêmica, os estudos com maior follow-up concluem que não houve diferença significativa após análise multivariada entre os grupos de mulheres diabéticas com e sem BA. Quanto à taxa de incidência de ITU quando comparados os grupos com BA tratados com antibióticos versus controle,também não houve diferença significativa com o agravante de ocorrência de bactérias mais resistentes como causa de novas ITU.CONCLUSÃO:
Em vista do tratamento da BA, em longo prazo,não diminuir a quantidade de episódios de ITU sintomática, pielonefrites agudas e internações em mulheres diabéticas, o screening e o tratamento da BA não devem ser recomendados.ABSTRACT
BACKGROUND AND OBJECTIVES:
Urinary tract infection (UTI) is a common disease and, in the absence of symptoms, is called asymptomatic bacteriuria (AB). The management of BA in diabetic female patients is controversial. The aim of this study was to discuss findings in literature that are related to AB in diabetic women and to management of this condition.CONTENTS A systematic review of the literature in Medline, LILACS and Scielo in the period from 1997 to 2012, using descriptors such as "asymptomatic bacterinuria and diabetes" was performed. The prevalence of AB is three times greater in diabetic than in non-diabetic women. Several risk factors for AB in women with diabetes have been suggested, such as age; sexual intercourse and disease duration. The most often found bacteria in AB is Escherichia coli. Cohort studies with longer follow-up did not show that AB could lead to loss of renal function and/or hypertension when they compared groups of diabetic women with and without AB. Regarding the incidence of new UTI episodes, clinical trials showed no differences when compared AB group treated with antibiotics versus AB group treated with placebo. Also, there was no significant difference with the occurrence of more resistant bacteria as a cause of new UTI.CONCLUSION:
The treatment of AB does not decrease the number of episodes of symptomatic UTI, acute pyelonephritis, and hospitalization in diabetic women in the long run. For this reason, screening and treatment of AB in diabetic women should not be recommended.
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Bacteriúria
/
Infecções Urinárias
/
Diabetes Mellitus
Tipo de estudo:
Ensaio Clínico Controlado
/
Estudo de incidência
/
Estudo observacional
/
Fatores de risco
/
Revisões Sistemáticas Avaliadas
Limite:
Feminino
/
Humanos
Idioma:
Português
Revista:
Rev. Soc. Bras. Clín. Méd
Assunto da revista:
Terapêutica
Ano de publicação:
2013
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/BR
/
Hospital Santo Antonio/BR
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