Avaliação do escore de risco TIMI como preditor de desfechos intra-hospitalares nas síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento do segmento ST / Evaluation of the TIMI risk score as a predictor of in-hospital outcomes in patients with non-ST-segment elevation acute coronary syndromes

RESUMO

No contexto das síndromes coronarianas agudas, a estratificação do risco se constitui em ferramenta útil na determinação mais acurada do prognóstico e na seleção da melhor estratégia terapêutica. Objetivos: Aplicar o escore TIMI e avaliar a sai capacidade de predizer eventos intra-hospitalares em uma amostra composta por pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST. Métodos: Aplicou-se o escore de risco TIMI a pacientes com diagnóstico de síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento ST, admitidos em um centro brasileiro de cardiologia. O desfecho do estudo foi composto de óbito por todas as causas ou (re)infarto, ocorrendo durante a internação hospitalar. Resultados: Foram incluídos 306 pacientes no estudo. A distribuição do escore de risco TIMI entre os participantes do estudo apresentou-se com um formato de sino padrão, sendo os escores dois, três e quatro responsáveis pela maioria dos pacientes (74,2%). Ocorreu pelo menos um evento adverso, durante o período de internação, em 14 (4,5%) pacientes, sendo seis (1,9%) (re) infartos e oito (2,6%) óbitos, não se registrando nenhuma revascularização miocárdica de urgência. Houve aumento estatisticamente significativo de (re) infarto intra-hospitalar (p=0,011), em função de maior pontuação do escore. Tal tendência se manteve em relação aos desfechos combinados, porém sem significância estatística (p=0,528). Conclusão: Este estudo evidenciou ser o escore de risco TIMI válido, sobretudo, como preditor de re(infarto) intra-hospitalar em pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento ST.

ABSTRACT

Risk stratification presents itself as a ueful tool to prognostication and selection of the best therapeutic strategy in acute coronary syndromes. Objectives: Apply the TIMI risk score and evaluate its capacity to predict in-hospital adverse outcomes in a sample of patients with non-ST segment elevation acute coronary syndromes. Methods: TIMI risk score was applied to patients with non-ST segment elevation acute coronary syndromes, admitted at a cardiology center in Brazil. The outcome of the study was all cause mortality or (re) infarction, occuring during the internment. Results: TIMI risk score was applied to 306 patients. The distribution of TIMI risk score among the participants of the study presented as a standard bell shaped distribution, predominating the scores two, three and four (74.2%). During the internment 14 (4.5%) patients experimented at least one adverse event, from which six (l.9%) (re) infarctions and eight (2.6%) deaths, without any urgent myocardial revascularization. There was statistical significant increment of in-hospital (re) infarction (p=0.011) proportionally to the increase of the risk score. This tendency kept related to the combined outcomes, but without statistical significance (p=0.528). Conclusion: This study evidenced to be the TIMI risk score valid, specially, as a predictor of in-hospital (re) infarction in patients with non-ST-segment elevation acute coronary syndromes.