Alteraçöes morfológicas da glândula submandibular do rato determinadas pelo envelhecimento / Morphological alterations of submandibular salivary glands in aging rats

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo a caracterizaçäo histológica das alteraçöes nas glândulas salivares submandibulares de ratos jovens (3 e 6 meses de idade) e senis (12/2 e 24 meses de idade). Com base nos resultados, foi possível concluir 1) O peso corporal dos animais utilizados neste trabalho apresentou-se em ascensäo, desde os 3 meses de idade até os 24 meses. 2) O peso da submandibular dos animais com 6, 12 e 24 meses apresentou-se maior, quando comparado ao animal de 3 meses de idade; porém, quando comparados entre si, os pesos das glândulas dos animais de 6, 12 e 24 meses mostraram-se semelhantes. A relaçäo da submandibular por 100 gramas de peso corporal apresentou-se aumentada nos animais de 3 meses, quando comparada comparada à dos demais. 3) A análise histológica da glândula submandibular evidenciou ser a mesma, em essência, constituída de ácinos e de um sistema externo de ductos intercalados, intralobulares e interlobulares. O ducto intralobular dividi-se numa porçäo anterior, ou túbulo granuloso, e noutra porçäo distal, ou ducto estriado. Nos ratos jovens (3 e 6 meses de idade), o parênquima mostrou-se compactado por uma cápsula fibrosa que emite septos para o interior da glândula, dividindo-a em lóbulos. Nos animais velhos (12 e 24 meses de idade), os septos conjuntivos interlobulares mostraram-se mais espessos. Com o avançar da idade dos animais, pôde-se observar uma diminuiçäo do parênquima, com um aumento aparente na proporçäo de ductos intralobulares. Notaram-se ainda sinais de atrofia acinar em alguns animais de 12 meses de idade, e em muitos de 24 meses; as células acinares pareciam rompidas e sem grânulos, e os lúmes apresentavam-se amplos. Os núcleos das células acinares diminuíram de tamanho nos animais senis, porém guardaram semelhança estrutural com os das células acinares dos animais mais jovens. Observou-se ainda uma grande variedade de tamanhos e formas nucleares, sendo que alguns apresentaram-se com o dobro ou o triplo do tamanho do núcleo dos animais jovens. Identificaram-se nessa glândula os oncócitos (HAMPERL, 1931) como células grandes, abalonadas e eosinofílicas. Os ductos dos animais idosos apresentaram-se semelhantes em tamanho aos dos ratos jovens, porém com núcleos menores e picnóticos, e alguns deles rompidos. O tecido conjuntivo dos ratos senis apresentou-se aumentado, porém com feixes de fibras colágenas desorganizadas. Os vasos sanguíneos eram de menor calibre