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EVOLUÇÃO DESFAVORÁVEL EM INFECÇÃO POR SARS-COV-2 EM PACIENTE COM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 42:533-534, 2020.
Article in Portuguese | PMC | ID: covidwho-1385639
ABSTRACT
Relato OAMJ, 75 anos, masculino, diagnostico de leucemia mieloide cronica (LMC), em tratamento com imatinibe, em remissao molecular maior. Antecedentes de diabetes, hipertensao, dislipidemia e doenca arterial coronariana com angioplastia previa. Paciente apresentou febre em 19/06/2020, realizado RT-PCR positivo para SARS-CoV-2 em 20/06. Foi admitido no hospital em 22/06 e iniciado tratamento com corticoide, enoxaparina e sintomaticos porem evoluiu com hemoptise, dessaturacao e piora na febre sendo transferido para a UTI. Evoluiu insuficiencia respiratoria e necessitou de ventilacao mecanica a partir de 23/06, associado a antibioticoterapia de amplo espectro e interrupcao do tratamento de base com imatinibe. Na evolucao apresentava-se com bons parametros ventilatorios porem fez duas paradas cardiorrespiratorias em 29/06, uma de 8 minutos e outra de 5 minutos, seguidas de crises convulsivas. A etiologia nao foi estabelecida, porem a principal hipotese foi tromboembolismo pulmonar, nao confirmada pois paciente nao tinha condicoes clinicas de angiotomografia. Evoluiu com encefalopatia, comprovada por eletroencefalograma e exames de imagem, mostrando severa lesao hipoxica e metabolica cerebral. Necessitou de hemodialise devido a disfuncao renal severa e desenvolveu infeccao fungica pulmonar, precisando antibioticoterapia antifungica. Paciente segue com quadro clinico inalterado em 12/08, com glasgow 6 e sem sinais de recidiva da LMC. Discussao A terapia com inibidores de tirosinoquinase (TKI) em pacientes com LMC em fase cronica, em geral, nao implica em estado de imunossupressao significativa, e, ate o momento, nao ha evidencias que estes pacientes tenham maior risco de contrair infeccao por SARS-CoV-2 ou de apresentar a forma mais grave da doenca quando comparados com a populacao em geral. As recomendacoes atuais sao de manutencao do tratamento com TKI em formas leves da infeccao, e para casos graves, a interrupcao da terapia deve ser discutida individualmente. O efeitos adversos associados aos TKI, como hipertensao portal e derrame pleural, mais comumente vistos durante o uso de TKI de segunda geracao, como dasatinibe, podem agravar o quadro clinico da infeccao viral. Para estes pacientes (que apresentam evento adverso ao inibidor e desenvolver COVID-19) deve-se considerar interromper o TKI a fim de causar menor morbidade pulmonar. Em 2014, os TKI foram testados contra outros tipos de coronavirus. Imatinibe e dasatinibe mostraram-se ativos contra MERS-CoV e SARS-CoV, enquanto que nilotinibe foi ativo contra SARS-CoV. Os autores sugerem que a inibicao das vias de sinalizacao celular dependentes da tirosinoquinase ABL seja crucial para inibicao da replicacao viral. Ha um estudo em andamento, randomizado, controlado com placebo, para avaliacao da utilizacao de imatinibe em pacientes com COVID-19.

Conclusao:

Mediante o exposto, entendemos que apesar de todos os dados de literatura ate o momento demonstraram um perfil favoravel de evolucao em pacientes com LMC e infectados por SARS-Cov-2, outras variaveis devem ser consideradas na avaliacao individual do paciente. Juntos, todos os fatores podem contribuir para desfechos graves, como no relato apresentado.Copyright © 2020

Full text: Available Collection: Databases of international organizations Database: PMC Type of study: Etiology study / Experimental Studies / Randomized controlled trials Language: Portuguese Journal: Hematology, Transfusion and Cell Therapy Year: 2020 Document Type: Article

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