Hacia una sociedad aséptica. Modos de vida y politicidades pandémicas

ABSTRACT

The pandemic caused by COVID-19 was inscribed in our bodies and in our senses. The pandemic represented the reconfiguration of our times, rhythms, processes of subjectivation, socialization, and productivity, even the ways of conceiving the world as the cycles of life and the rituals of death. Although this event is due to biological and epidemiological factors, it has also been established as an operator that has produced discourses, practices, imaginations, and desires, where power flows and organizes new rearrangements in the condition of entropy, social terror, and the pandemic risk. The objective of this article was to analyze the new material and immaterial conditions that were reconfigured in civil society during the pandemic period as coping and resistance mechanisms aimed at safeguarding life in the health emergency condition. The first one delves into the ways in which we reconstitute ourselves as subjects, the relationship and organization of bodies with the habitat, and the emergence of new commercial relationships. In the immaterial dimension, discursive aspects such as discriminatory practices, the generation of new affects and the production of subjectivities are analyzed, such gestures and politicities are oriented to the continuity of the sustainability of life, however, they reveal contradictions, deficiencies, discriminatory processes and distinct types of violence that make up a new aseptic society.AlternateLa pandemia provocada por COVID-19 se inscribió en nuestros cuerpos y en nuestros sentidos. Habitar la pandemia representó la reconfiguración de nuestros tiempos, ritmos, procesos de subjetivación, socialización y productividad, formas de concebir el mundo, así como los ciclos de la vida y los rituales de la muerte. Aunque este acontecimiento se debe en gran parte a factores biológicos y epidemiológicos, también se ha constituido como un operador que ha producido discursos, prácticas, imaginarios y deseos, donde el poder fluye y maquina nuevos reordenamientos a la luz de la entropía, el terror social y el riesgo pandémico. En este artículo se tuvo como objetivo analizar los nuevos condicionamientos materiales e inmateriales que se reconfiguraron en la sociedad civil durante el marco temporal pandémico como mecanismos de afrontamiento y resistencia orientados al resguardo de la vida en la condición de emergencia sanitaria. En la dimensión material se profundiza en las formas en cómo nos reconstituimos como sujetos, la relación y organización de los cuerpos con el hábitat, y la emergencia de nuevas relaciones mercantiles. En la dimensión inmaterial se analizan los aspectos discursivos como las prácticas discriminatorias, la generación de nuevos afectos y la producción de subjetividades. Tales gestos y politicidades están orientados a la continuidad de la sostenibilidad de la vida, sin embargo, desocultan contradicciones, deficiencias, procesos discriminatorios y diversos tipos de violencia que confeccionan una nueva sociedad aséptica.AlternateA pandemia provocada pela COVID-19 foi inscrita em nossos corpos e em nossos sentidos. Habitar a pandemia representou a reconfiguração de nossos tempos, ritmos, processos de subjetivação, socialização e produtividade, formas de conceber o mundo, assim como os ciclos da vida e os rituais da morte. Embora este evento seja em grande parte devido a fatores biológicos e epidemiológicos, ele também se constituiu como um operador que produziu discursos, práticas, imaginários e desejos, onde a energia flui e maquina novos rearranjos à luz da entropia, do terror social e do risco pandêmico. O objetivo deste artigo era analisar os novos fatores materiais e imateriais condicionantes que foram reconfigurados na sociedade civil durante o período da pandemia como mecanismos de enfrentamento e resistência destinados a salvaguardar a vida na emergência sanitária. Na dimensão material, as formas como nos reconstituímos como sujeitos, a relação e organização dos corpos com o habitat e o surgimento de novas relações mercantis são examinados em profundidade. A dimensão imaterial analisa aspectos discursivos, como práticas discriminatórias, a geração de novos efeitos e a produção de subjetividades. Tais gestos e politizações são orientados para a continuidade da sustentabilidade da vida;contudo, revelam contradições, deficiências, processos discriminatórios e vários tipos de violência que criam uma nova sociedade asséptica.