Gobernando la crianza en familias pobres: ONG y gestión durante la pandemia

ABSTRACT

El artículo analiza prácticas de crianza de familias pobres ubicadas en la ciudad de Ibagué (Colombia), que emergen en su relación con las ONG que las intervienen en el contexto de la pandemia por covid-19. La metodología empleada fue la etnografía, en diálogo con estrategias dialógicas y participativas. Se evidenciaron dos tipos de prácticas de crianza alimentaria y de acompañamiento educativo. Mientras la primera se gestiona por medio de donaciones, sujetas a las lógicas del mercado, la segunda se basa en la asignación de roles educativos a los acudientes para que estos instruyan a sus hijos e hijas con base en los parámetros del Estado. Como conclusión, se evidencia que estas intervenciones buscan que las familias autogestionen su precariedad, en el marco de la legitimación de un orden social neoliberal.AlternateThis article analyzes the parenting practices of poor families located in the city of Ibagué (Colombia), which emerged in the families' relationships with an NGO that provided them with support during the COVID-19 pandemic. An ethnographic methodology was used, complemented with dialogic and participatory strategies. Two types of parenting practices were identified food-based care and educational support. While the first was based upon receiving donations and was subject to market dynamics, the second was based on the allocation of educational roles to parents and caregivers so that they could teach their children based on the State's guidelines. The authors conclude that these interventions support families to self-manage their precarious situation in the framework of the legitimation of a neoliberal social order.AlternateO artigo analisa práticas na formação de famílias pobres, localizadas na cidade de Ibagué (Colômbia), que emergem na sua relação com as ONGs, que as intervêm, no contexto da pandemia por Covid-19. A metodologia aplicada foi a etnografia, em diálogo com estratégias dialógicas e participativas. Evidenciaram-se dois tipos de práticas de formação alimentar e de acompanhamento educativo. Enquanto a primeira se gestiona através de doações, sujeitas às lógicas do mercado, a segunda se baseia na designação de papéis educativos aos pais ou responsáveis para que estes instruam aos seus filhos e filhas com base nos parâmetros do Estado. Como conclusão, se evidencia que estas intervenções procuram que estas famílias autogestionem a sua precariedade, no marco da legitimação de uma ordem social neoliberal.