Pacientes Adultos Oncohematologicos Hospitalizados Por Covid-19
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
; 44(Supplement 2):S672-S673, 2022.
Article
in English
| EMBASE | ID: covidwho-2179235
ABSTRACT
Introducao:
Portadores oncohematologicos sao suscetiveis a infeccoes graves e potencialmente fatais devido a imunossupressao relacionada as doencas de base e seus tratamentos. Em Marco de 2020, a OMS declarou a COVID-19 uma pandemia e pouco se sabia do comportamento da infeccao nesses pacientes.Objetivos:
Avaliar caracteristicas de pacientes adultos oncohematologicos hospitalizados por COVID-19;identificar variaveis na admissao preditoras de obito;e comparar os pacientes durante as duas primeiras ondas e a terceira onda da pandemia.Materiais e Metodos:
Estudo observacional, retrospectivo, multicentrico, que incluiu pacientes acima de 18 anos com neoplasias hematologicas hospitalizados por COVID-19. Foram avaliadas variaveis demograficas, relacionadas a doenca de base e a infeccao, medicacoes, admissao em UTI e necessidade de ventilacao mecanica. Os grupos de sobreviventes e nao sobreviventes foram comparados utilizando o teste X2 ou o teste de Fisher para variaveis categoricas e o teste de Mann-Whitney para variaveis numericas. Variaveis com p-valor<0,1 foram consideradas para analise multivariada atraves de regressao logistica. Os grupos da 1/2 onda e 3 onda foram comparados utilizando os mesmos testes. A analise estatistica foi realizada no software R versao 3.6.3.Resultados:
Foram avaliados 126 pacientes, com uma idade mediana de 57 anos. 66 pacientes (52%) eram do sexo masculino e os linfomas foram o grupo de doenca mais frequente (41%). 57 pacientes (45%) faleceram na internacao. Na analise bivariada, variaveis associadas a obito foram doenca de base ativa, OS >= 2, dispneia, anemia, trombocitopenia, PCR, D-Dimero e TGO elevados, baixa sO2 e vidro fosco na TC de Torax. Na analise multivariada, hemoglobina baixa, PCR-t elevada e dispneia mantiveram relacao com obito na internacao. Dos 126 pacientes, apenas 18 (14%) foram admitidos na 3 onda. A letalidade nesse grupo foi de 33% versus 47% no grupo da 1/2 onda (p = 0,4). As principais diferencas entre os grupos foram que 97% dos pacientes da 3 onda receberam ao menos 1 dose de vacina, tiveram menos dispneia (22% x 49%;p = 0,04), maior sO2 (mediana 98% x 94%;p = 0,02), DDimero mais baixo (mediana 714 x 1563;p = 0,03), foram menos anticoagulados (0 x 21%;p = 0,04) e tiveram menos admissoes em UTI (11% x 38%;p = 0.03) e necessidade de ventilacao mecanica (11% x 37%;p = 0,03). Discussao Nesse estudo, quase metade (45%) dos pacientes oncohematologicos hospitalizados por COVID-19 faleceu durante a internacao, evidenciando alta letalidade dos quadros moderados ou graves da infeccao. As variaveis na admissao associadas a maior mortalidade foram a hemoglobina, PCR-t e a presenca de dispneia. Apesar da alta infectividade da variante Omicron, responsavel pela 3 onda da pandemia, apenas 18 pacientes internaram nesse periodo. Quase todos (97%) haviam recebido ao menos 1 dose de vacina. Esses pacientes apresentaram quadros menos graves e menos complicacoes, necessidade de suporte ventilatorio invasivo e admissao em CTI, apontando para um provavel efeito benefico da vacina em reduzir a gravidade da infeccao. A letalidade nesse grupo foi menor que na 1/2 onda, porem sem significancia estatistica.Conclusao:
Pacientes oncohematologicos hospitalizados por COVID-19 apresentam alta letalidade relacionada a infeccao, mas a comparacao entre as 2 primeiras e a 3 onda aponta para um efeito benefico da vacina na reducao da necessidade de internacao e da gravidade da infeccao nos pacientes que internam. Copyright © 2022
Full text:
Available
Collection:
Databases of international organizations
Database:
EMBASE
Language:
English
Journal:
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Year:
2022
Document Type:
Article
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