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Avaliação da eficácia de coleiras impregnadas com deltametrina no controle e prevenção da leishmaniose visceral canina em área endêmica.

Leite, Bruna Martins Macedo.
Tesis en Portugués | ARCA | ID: arc-18009

INTRODUÇÃO:

A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose de grande importância na saúde pública, causada pela Leishmania infantum. No Brasil, o parasito é transmitido pela picada do Lutzomyia longipalpis e o cão é considerado o principal reservatório doméstico. As medidas de controle da LV apresentam limitações que comprometem a sua eficácia. Assim, novas estratégias precisam ser implementadas. A utilização de coleiras impregnadas com deltametrina a 4% têm apresentado resultados promissores na proteção individual de cães contra a picada do vetor flebotomíneo e como medida de controle em regiões endêmicas da Europa. Entretanto, ainda são escassos os estudos de campo que avaliaram a eficácia da utilização da coleira como medida de controle da LV em áreas onde o Lu. longipalpis é o vetor responsável pela transmissão.

OBJETIVO:

Avaliar a eficácia da utilização de coleiras impregnadas com deltametrina a 4% em cães, no controle e prevenção da leishmaniose visceral canina (LVC) em uma área endêmica do Brasil. MATERIAL E

MÉTODOS:

Um estudo experimental longitudinal foi realizado em Camaçari - BA. A localidade foi dividida em i) área intervenção, onde os cães soronegativos utilizaram uma coleira com deltametrina e ii) área controle, onde os cães soronegativos foram acompanhados, mas não utilizaram a coleira. Nas duas áreas foram realizadas três avaliações sorológicas dos cães domiciliados e semi-domiciliados e duas trocas de coleira na área intervenção. Os animais foram identificados pelo preenchimento de uma ficha e foram testados para LVC pelo TR DPP®LVC Bio-Manguinhos e pelo EIE®LVC Bio-Manguinhos. Os cães soropositivos foram recolhidos pelo CCZ para eutanásia e os soronegativos foram acompanhados. Bancos de dados foram construídos no programa doFormsTM4.1.1 e analisados no EPI INFOTM7 para calcular as taxas de soroprevalência e de incidência e compará-las entre os grupos, e o programa STATA®12 foi utilizado para realizar a análise de sobrevivência, utilizando o modelo de Cox.

RESULTADOS:

No primeiro inquérito, a soroprevalência foi semelhante nas duas áreas, 26% na área intervenção e 31,9% na área controle. No segundo inquérito, houve redução significativa da soroprevalência nas duas áreas, porém não houve diferença estatisticamente significativa entre as áreas. No terceiro inquérito, houve redução da soroprevalência na área intervenção e aumento na área controle. Assim, a soroprevalência foi significativamente maior na área controle e a razão de risco calculada apontou para proteção contra LVC em decorrência do uso da coleira entre os cães da área intervenção. Em relação a incidência da LVC, a taxa de proteção contra doença foi de 49% no último inquérito, entre os cães da área intervenção, no entanto a diferença não foi estatisticamente significativa entre as áreas. As curvas de sobrevivência das duas áreas do estudo foram comparadas pelo teste de Wilcoxon e o resultado foi estatisticamente significativo (p=0,0074). No modelo de Cox, a proteção contra LVC foi de 51% na área intervenção, entretanto não houve associação significativa entre a soroconversão dos cães e a área de estudo a qual eles pertenciam (p=0,104).

CONCLUSÃO:

A avaliação da eficácia do uso da coleira como medida de controle não apresentou resultados conclusivos e a sua implementação representa um desafio operacional para as autoridades de saúde.