No convencional
en Portugués
| ARCA | ID: arc-39029
OBJETIVOS:
Definir o perfil clínico em cães naturalmente infectados por L. chagasi em uma área endêmica no Brasil.
MÉTODOS:
Foram estudados 88 cães provenientes de Jequié (Bahia-Brasil), sendo analisados 215 parâmetros clínicos e realizados hemograma, sorologia (ELISA) e exame parasitológico (cultura de material obtido por punção esplênica).
RESULTADOS:
Os resultados positivos de cultura esplênica correlacionam-se com a densidade óptica obtida no ELISA, em 64 dos cães estudados (r=0,8555; p=0,00327), demonstrando a associação entre positividade à sorologia e à parasitologia. Em todos os animais do grupo estudado, evidenciou-se correlação entre positividade na cultura e ocorrência de palidez nas mucosas (p=0,0106), apatia (p=0,0469), aumento do número de bastonetes (p=0,0224) e tendência ao aumento na contagem global de leucócitos (evidências clínicas de anemia e resposta inflamatória, esta caracterizada por leucocitose com desvio à esquerda, na presença de infecção). Verificou-se correlação entre os resultados de ELISA e presença de lesões cutâneas pruriginosas (p=0,0402), conjuntivite (p=0,050), esplenomegalia (p=0,0272) e claudicação (p=0,0256), além de tendência à redução do hematócrito e no número de hemácias nos animais com valores mais elevados de densidade óptica de ELISA, confirmando dados de literatura. Surpreendentemente, achados clínicos clássicos, como onicogrifose, emaciação e linfoadenomegalia não mostraram correlação com positividade à sorologia ou à parasitologia.