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Ancestralidade em Salvador - BA

Machado, Taisa Manuela Bonfim.
Tesis en Portugués | ARCA | ID: arc-4306
Os ameríndios, africanos e europeus foram identificados como principais formadores da população brasileira e conseqüentemente da população de Salvador. A população brasileira considerada a mais heterogênea do mundo é resultado de 500 anos de miscigenação. Contudo a distribuição dos grupos étnicos ancestrais ao longo do território brasileiro não ocorreu de forma homogênea, diferindo significativamente a depender da região geográfica. Além disso, houve um forte direcionamento entre os casamentos, sendo mais freqüentes as uniões entre homens europeus e mulheres ameríndias e africanas. Dados do IBGE 2000 mostram que em Salvador o percentual de afrodescendentes, por autodenominação é de 79,8%. Para estimarmos a contribuição dos grupos ancestrais nesta população foram analisados 1.286 indivíduos, provenientes da população de Salvador, para os alelos específicos de população AT3-I/D, APO, SB19.3, PV92, FYnull, LPL, CKMM, GC e CYP3A4 que apresentam alto diferencial de freqüência entre os grupos ancestrais. Para estimar a origem africana dos indivíduos também foi avaliada a presença de sobrenome de conotação religiosa. Foram identificados 287 sobrenomes nesta população A freqüência de sobrenomes de conotação religiosa foi de 54,9% na população de Salvador e avaliando as regiões presentes no estudo observamos uma relação inversa entre a classe sócio-econômica e a presença deste tipo de sobrenome. Estes dados foram confirmados por uma maior ancestralidade genômica africana (53,1%) entre indivíduos que apresentam sobrenomes de conotação religiosa. A miscigenação da população de Salvador foi confirmada pela diferença das freqüências desta população com as ancestrais. Assim como pela estimativa de mistura populacional, com contribuição africana de 49,2%; 36,3% européia e 14,5% ameríndia e também pelas análises de heterozigose média (0,397) e estrutura populacional. Foi calculada a estatística F (0,005) que demonstrou que as regiões da cidade de Salvador são diferentes, porém em pequenas proporções. Ao compararmos a estimativa da contribuição africana do IBGE, 2000, por autodenominação com os dados de sobrenome e moleculares deste trabalho concluímos que a autodenominação é um critério impreciso na avaliação da contribuição parental dentro desta população. Este tipo de trabalho pode auxiliar estudos de associação entre fatores de saúde com a heterogeneidade ancestral para melhoria e/ou implantação de programas de saúde pública que considerem a composição parental desta população.