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Gastos catastróficos em saúde na população de Minas Gerais: tendências e associação com condições sociodemográficas entre 2009 e 2013

Macedo, Jéssica de Brito.
Tesis en Portugués | ARCA | ID: arc-43540
Gastos catastróficos em saúde (GCS) são aqueles que ultrapassam uma porcentagem predeterminada dos gastos totais de uma família, da sua renda ou de sua capacidade de pagamento e podem impactar de forma importante a organização financeira familiar, em alguns casos levando essas famílias a evitarem a utilização dos serviços de saúde e até ao empobrecimento. O objetivo deste estudo foi analisar a evolução e a existência de associação com condições socioeconômicas nos gastos catastróficos em Minas Gerais entre os anos de 2009 e 2013, utilizando a Pesquisa por Amostra de Domicílios de Minas Gerais (PAD-MG). Trata-se de um estudo transversal que incluiu 48.238 famílias urbanas e rurais, selecionadas entre os 18 mil domicílios amostrados em cada ano da PAD-MG. Fizeram parte da amostra 15.924 famílias da PAD-MG de 2009, 17.053 famílias da PAG-MG de 2011 e 15.261 famílias da PAD-MG de 2013. A variável dependente foi o GCS, nos anos de 2009, 2011 e 2013, calculado utilizando o desembolso direto com saúde como numerador e a renda familiar como denominador. Foram considerados catastróficos os gastos com saúde que ultrapassaram os limites de 10% e 25% da renda familiar. As variáveis socioeconômicas do estudo foram anos de escolaridade do responsável pela família e escore de bens de riqueza categorizado em quintis. Realizou-se análise descritiva das variáveis independentes do estudo e estimou-se a prevalência de gastos catastróficos em saúde para os dois pontos de corte propostos. A associação entre o gasto catastrófico e as variáveis independentes foi testada por meio de regressão de Poisson univariada seguida de regressão múltipla com estimação das razões de prevalência e intervalos de confiança de 95% Foi incluído um termo de interação entre os quintis de escore de riqueza e o ano de realização da PAD-MG e deste com a escolaridade do responsável pela família para se avaliar mudanças nas desigualdades socioeconômicas relacionadas ao gasto catastrófico ao longo do tempo. As prevalências de GCS variaram entre os anos da pesquisa, sendo que o ano de 2011 apresentou os menores valores. Para o limite de 10%, as prevalências apresentadas foram 24,5% (2009), 18,9% (2011) e 21,4% (2013) e para o limite de 25% as prevalências foram 11,3% (2009), 9,0% (2011) e 11,2% (2013). Entre as despesas com saúde, o gasto com medicamentos foi o que representou a maior proporção (94%). No modelo final, verificou-se que as famílias cujos responsáveis pelo domicílio possuíam escolaridade de 12 ou mais anos apresentaram menor prevalência de GCS que aqueles que não estudaram nos limites de 10% (RP 0,65 IC95% 0,57-0,73) e 25% (RP 0,68 IC95% 0,56-0,84). De forma semelhante, as famílias com maior escore de riqueza apresentaram razões de prevalência de gastos catastróficos menores do que as famílias do primeiro quintil, 0,86 (IC95% 0,79-0,93 - limite de 10%) e 0,73 (IC95% 0,64-0,83 - limite de 25%). Concluiu-se que houve diminuição da prevalência de GCS entre 2009 e 2011 e aumento entre os anos de 2011 e 2013, foi observada a associação desse desfecho com fatores socioeconômicos e não houve mudanças nas diferenças socioeconômicas no período.