Your browser doesn't support javascript.

Biblioteca Virtual en Salud

Hipertensión

Home > Búsqueda > ()
XML
Imprimir Exportar

Formato de exportación:

Exportar

Email
Adicionar mas contactos
| |

Excesso de mortes durante a pandemia de COVID-19: subnotificação e desigualdades regionais no Brasil / Excess deaths during the COVID-19 pandemic: underreporting and regional inequalities in Brazil

Orellana, Jesem Douglas Yamall; Cunha, Geraldo Marcelo da; Marrero, Lihsieh; Moreira, Ronaldo Ismerio; Leite, Iuri da Costa; Horta, Bernardo Lessa.
Artículo en Portugués | ARCA | ID: arc-46704
O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia de COVID-19 e o real número de mortes pela doença torna o cenário ainda mais desafiador. O objetivo deste estudo foi estimar o excesso de mortes e suas diferenças em adultos com 20 anos e mais em Manaus (Amazonas), Fortaleza (Ceará), Rio de Janeiro e São Paulo, de acordo com o local de ocorrência do óbito, características demográficas e trajetória ao longo do tempo. Os dados foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade e na Central de Informações do Registro Civil Nacional. As estimativas de óbitos esperados foram obtidas por meio de modelos aditivos generalizados quasi-Poisson com ajuste de sobredispersão. Entre 23 de fevereiro e 13 de junho de 2020, foram registradas 74.410 mortes naturais nas quatro cidades, com excesso de mortes de 46% (IC95% 44-47). O maior excesso de mortes ocorreu em Manaus, 112% (IC95% 103-121), seguido por Fortaleza, 72% (IC95% 67-78), Rio de Janeiro, 42% (IC95% 40-45) e São Paulo, 34% (IC95% 32-36). O excesso de mortes foi maior nos homens e não significativo nas Semanas Epidemiológicas (SE) 9-12, exceto em São Paulo, 10% (IC95% 6-14). Em geral, o pico de mortes excedentes ocorreu nas SE 17-20. O excesso de mortes não explicado diretamente pela COVID-19 e de mortes em domicílios/via pública foi alto, especialmente em Manaus. A elevada porcentagem de mortes excedentes, de mortes não explicadas diretamente pela COVID-19 e de mortes fora do hospital sugerem alta subnotificação de mortes por COVID-19 e reforça a extensa dispersão do SARS-CoV-2, como também a necessidade da revisão de todas as causas de mortes associadas a sintomas respiratórios pelos serviços de vigilância epidemiológica.