O objetivo foi identificar os
padrões das
experiências adversas na infância entre
adolescentes escolares de um município do Rio de Janeiro,
Brasil , segundo características sociodemográficas (
sexo ,
cor da
pele e
estrato socioeconômico) e
sintomas depressivos . Caracteriza-se por um desenho transversal com amostra de 1.117
adolescentes escolares de 13 a 19 anos do Município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. A
depressão foi avaliada pelo
Inventário de
Depressão Infantil e foram investigadas
experiências adversas na infância. A
análise envolveu análises bivariadas e
análise de
correspondência múltipla (ACM) das
experiências adversas na infância, variáveis sociodemográficas (
sexo ,
cor de
pele e
estrato socioeconômico) e
sintomas depressivos . Os resultados mostram a
organização de oito grupos composto por
meninas e
adolescentes de
estrato social mais baixo e
experiências adversas na infância relacionadas ao
ambiente ;
meninos , ser de
estrato social mais alto e não ter vivido
experiências adversas na infância;
adolescentes com
sintomas de
depressão e
experiências adversas na infância dirigidas fisicamente a eles/
família ;
adolescentes de
cor de
pele branca, sem
sintomas de
depressão e que não vivenciaram
experiências adversas na infância;
adolescentes de
cor de
pele preta/parta/amarela/indígena que vivenciaram
experiências adversas na
família e na
comunidade ;
adolescentes que perderam
pai e
mãe por
morte , e falta de comida em casa;
adolescentes que vivenciaram
violência psicológica; e
adolescentes que vivenciaram experiências sexuais envolvendo seus
pais . Os achados alertam para a necessidade de olhar com
atenção e o mais cedo possível para a exposição de
experiências adversas na infância de forma a
cuidar , intervir e mitigar os efeitos negativos no momento atual, no
curso de vida e em
gerações futuras.