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Relação entre perfil lipídico da gestante e adiposidade do concepto / Relationship between pregnant lipid profile and adiposity of the concept

Batista, Lívia Patricia Rodrigues.
São Paulo; s.n; 2019. 298 p.
Tesis en Portugués | LILACS | ID: biblio-1026410

Introdução:

Alterações no metabolismo materno durante a gestação, que modiquem a disponibilidade de nutrientes para o feto, podem contribuir para o risco de maior adiposidade e desenvolvimento de doenças crônicas na prole. Nesse contexto, o perfil lipídico da gestante tem sido associado com o peso ao nascer e/ou adiposidade do concepto, embora não esteja claro se tem impacto independente de outras fontes energéticas maternas, havendo pouco conhecimento sobre o tema, especialmente no que se refere a adiposidade.

Objetivo:

Avaliar a relação entre o perfil lipídico materno em três períodos gestacionais e a adiposidade do feto e recém-nascido.

Métodos:

Trata-se de um estudo epidemiológico, coorte prospectiva, desenvolvido em Araraquara e região, envolvendo gestantes atendidas na Rede de Atenção Básica do SUS e na maternidade municipal Gota de Leite. As gestantes foram acompanhadas nos seguintes períodos gestacionais <= 19, 20-29 e 30-39 semanas e na data do parto. Foram avaliadas 768 gestantes no 1º período da gestação, 702 pares de gestantes e fetos no 2º período, 622 pares no 3º período e 228 pares de gestantes e recém-nascidos. O perfil lipídico materno foi determinado por método colorimétrico enzimático (colesterol total/frações e triacilgliceróis) e por imuno-turbidimetria (apolipoproteína - APO A-I e B). Também foram avaliadas glicemia e insulina de jejum e hemoglobina glicada, respectivamente, pelos métodos ensaio UV enzimático de referência com hexoquinase, método de quimioluminescência e cromatografia líquida de alta eficiência; e calculado o índice HOMA. A adiposidade do feto e recém-nascido foram avaliadas, respectivamente, por ultrassom e pletismografia por deslocamento de ar. Os dados foram analisados, por regressão linear longitudinal múltipla com efeitos mistos. O nível de significância em todos os testes foi de a=5%.

Resultados:

Verificou-se no 2º período de gestação, associações diretas entre HDL-c materna e adiposidade do abdômen e coxa do feto e associação inversa entre apo A-I e adiposidade do abdômen fetal. Para cada 1 mg/dL de HDL-c houve aumento de 0,020 mm (p=0,004) e 0,030 cm2 (p=0,047) no tecido adiposo subcutâneo do abdômen e coxa, respectivamente. Para cada 1 mg/dL de apo A-I houve decréscimo, em 0,009 mm (p=0,001) no tecido adiposo subcutâneo do abdômen. No 3º período de gestação verificou-se associação inversa entre apo A-I materna e adiposidade do braço do feto. Para cada 1mg/dL de apo A-I houve redução na adiposidade do braço do feto em 0,14 cm2 (p=0,037). Em relação ao RN, não houve associação entre o perfil lipídico e percentual de gordura da criança.

Conclusão:

Esse estudo inédito na literatura internacional aponta para um impacto diferenciado da HDL-c e apo A-I maternas no acúmulo de gordura fetal, de acordo com o período gestacional investigado, e também mostra relações entre o IMC pré-gestacional, ganho de peso e hemoglobina glicada maternas com adiposidade do feto; e sexo da criança e glicemia materna com adiposidade do neonato.
Biblioteca responsable: BR67.1