O trabalho na gestão dos serviços substitutivos de saúde mental: aproximações entre Saúde Coletiva, Saúde Mental e Psicanálise / The work in the management of mental health substitutive services: between Collective Health, Mental Health and Psychoanalysis
Artículo
en Portugués
| LILACS | ID: biblio-1040765
Resumo Objetiva-se investigar as inter-relações entre os campos da Saúde Coletiva, da Saúde Mental e da Psicanálise, na gestão de serviços de saúde mental, no contexto do Sistema Único de Saúde. Trata-se de pesquisa qualitativa realizada em quatro municípios do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, com seis gestoras de serviços de saúde mental identificadas com a psicanálise. Os instrumentos de coleta de dadosempregados foram uma ficha de dados pessoais e sociodemográficos e uma entrevista semiestruturada. Utilizou-se a análise temática para o exame dos dados, resultando na identificação de três temas centrais 1) Formação e experiência em gestão e em Saúde Coletiva; 2) Lógica manicomial versus lógica reformista desafios para o gestionar; e 3) Psicanálise entre contribuições e limites. Os resultados apontam as dificuldades e os desafios para o gestionar diante da coexistência, nos serviços, de diferentes lógicas de cuidado em saúde mental. A Psicanálise é assumida como um posicionamento ético-político a partir da escuta dos processos inconscientes dos sujeitos, os quais se dão no campo transferencial, contribuindo no suporte à compreensão dos casos e no manejo dos aspectos relacionais e institucionais. Por outro lado, há a necessidade de aproximação da psicanálise com o contexto da saúde mental.
between contributions and limits. The results point out the difficulties and the challenges to manage it in the face of the coexistence in the services of different logics of mental health care. Psychoanalysis is assumed as an ethical-political positioning based on the listening of the subjects' unconscious processes, which occur in the transferential field, contributing in the support to the understanding of the cases and in the management of relational and institutional aspects. On the other hand, there is a need to bring psychoanalysis closer to the context of mental health.