O
movimento da Reforma Sanitária brasileira e a
emergência do
Sistema Único de Saúde (SUS) não contemplaram de forma explícita o
entendimento e a
orientação do novo
sistema de saúde com base na
Atenção Primária à Saúde (APS). A
Política Nacional de
Atenção Básica foi formulada em 2006, com o "Pacto da
Saúde ", adotando como modelo de APS o
Programa Saúde da Família (PSF) . Apesar da importância e do pioneirismo dessa
política no cenário nacional,
chama atenção para a
reflexão a não incorporação de experiências regionais anteriores, como também as contemporâneas na implantação do
SUS , além de aspectos relacionados à
organização tecnológica da
saúde , principalmente em regiões urbanas e com graus de
desenvolvimento social e econômico. Nesse sentido, estudo crítico e reflexivo sobre as experiências da
gestão pública em
saúde voltadas para a
organização de serviços em centros urbanos, em momentos históricos próximos à reforma do sistema público de
saúde atual, pode trazer
elementos para a
compreensão dos limites e possibilidades da capacidade do
Estado brasileiro na
formulação de políticas públicas de
saúde apoiadas em processos operados nas realidades sócio-históricas, particularmente os orientados na APS.