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Pericardite epistenocárdica: ainda existe? / Epistinocardial pericarditis: does it still exist?

Marques, L. C; Heringer, M. A; Sureck, N; Aragão, O. A. O; Maldonado, G. A; Pereira, L. P. E; Correia, E. B; Tanajura, L. F. L; Feres, Fausto; Centemero, M.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 32(supl.2B): 173-173, abr.-jun. 2022.
Artículo en Portugués | CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1377837

INTRODUÇÃO:

A pericardite epistenocáridica é caracterizada como processo inflamatório benigno que ocorre de um a três dias após o infarto (IAM). Com o advento do tratamento de reperfusão, houve uma redução significativa da incidência. Relatamos caso de IAM que evoluiu com derrame pericárdico volumoso com repercussões hemodinâmicas. RELATO DE CASO Homem, 58 anos, admitido com IAM com supradesnivelamento ST (IAMCSST) anterior, de duas horas de evolução e submetido à trombólise com sucesso. Dois dias após, apresentou recorrência de angina e novo IAMCSST anterior. Foi tratado clinicamente e solicitada transferência para hospital terciário para realização de cateterismo dois dias após. Esse revelou lesão grave em artéria descendente anterior e disfunção importante do ventrículo esquerdo (VE). Foi submetido à angioplastia com stent farmacológico com sucesso. Evoluiu estável, em uso de dupla antiagregação plaquetária, entretanto o ecocardiograma revelou derrame pericárdico volumoso (22 mm), com discreto colabamento de átrio direito na diástole, FEVE 30%, aneurisma apical e trombos em VE. Durante internação, apresentou flutter controlado com amiodarona. Foi tratado com altas doses de aspirina (500mg 8/8h) e colchicina (0.5 mg 12/12h) sem redução do derrame. Optou-se pela realização de janela pleuropericárdica, com drenagem de 350 ml de líquido citrino. Paciente recebeu alta após 14 dias, em uso de rivaroxabana e clopidogrel. Em consulta ambulatorial após cinco meses, paciente estava oligossintomático com ecocardiograma revelando ainda disfunção VE (FE=27%), com acinesia apical, sem trombos e ausência de derrame pericárdico. DISCUSSÃO A pericardite epistenocárdica está geralmente, relacionada a infartos extensos sem tratamento de reperfusão. Há raros relatos de derrames pericárdicos volumosos, com repercussão hemodinâmica e necessidade de drenagem. É preconizado o uso de AAS em doses anti-inflamatórias, associado a colchicina. Nesse caso, essas medidas não foram suficientes. A anticoagulação era necessária devido trombos e flutter, porém com risco de transformação hemorrágica. A literatura mostra que na vigência de derrame pericárdico, a anticoagulação pode ser segura com controle ecocardiográfico frequente.

CONCLUSÃO:

Apesar de infrequente, pericardite epistenocárdica pode apresentar derrames volumosos, a despeito da terapia de reperfusão. Este caso evoluiu com achados ecocardiográficos raros e de alto risco com sinais incipientes de tamponamento cardíaco. Inicialmente tratado de forma conservadora, sem regressão do derrame, evoluiu com necessidade de abordagem cirúrgica.
Biblioteca responsable: BR79.1