O presente relato descreve um
caso de
intoxicação por
lírio em um felino
macho de 10 meses de idade, sem
raça definida, atendido no
Hospital Veterinário da
Universidade Federal de Santa Maria. O felino apresentava
disúria,
oligúria,
hematúria,
vômito,
desidratação,
inapetência e
paresia de
membros pélvicos. No perfil bioquímico evidenciou-se
azotemia e na
urinálise glicosúria e
proteinúria. O
diagnóstico foi confirmado, instituiu-se
terapia de suporte e o
animal apresentou melhora depois de três dias. A correta
anamnese, aliada à
realização dos exames laboratoriais apropriados, bem como o
conhecimento do
médico veterinário a
respeito das propriedades tóxicas de
plantas ornamentais, são decisivas para a escolha do
tratamento mais indicado para a
intoxicação. Embora haja poucos relatos publicados no
Brasil e
dados estatísticos sejam escassos a
respeito de
intoxicações por determinadas famílias de
plantas, é de vital importância que
médicos veterinários e proprietários de
animais tenham o
conhecimento sobre o potencial tóxico das
plantas dos gêneros
Lilium e
Hemerocallis.