A
amiloidose caracteriza-se pela deposição localizada ou sistêmica de
proteínas com estrutura terciária instável, que se agregam e formam as fibrilas amiloidóticas. A
amiloidose cardíaca é uma condição frequentemente subdiagnosticada e
causa importante de
insuficiência cardíaca. Existem mais de 30 tipos de
proteínas amiloides conhecidas, mas somente cinco frequentemente infiltram o
coração, causando a
amiloidose cardíaca. São elas
imunoglobulina de cadeia leve,
imunoglobulina de cadeia pesada,
transtirretina,
amiloide sérica A e apolipoproteína AI, sendo em sua maioria nas formas de
imunoglobulina de cadeia leve ou
transtirretina. De acordo com o tipo de
proteína fibrilar depositado, a
amiloidose cardíaca possui diferentes
cursos clínicos,
prognóstico e formas distintas de
tratamento. Nesta
revisão abordamos novas
técnicas, que possibilitam o
diagnóstico desta entidade, principalmente em situações de
insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e
cardiopatias restritivas. O
diagnóstico precoce é fundamental na definição da melhor abordagem
terapêutica e no
prognóstico desses
pacientes