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Processo Saúde-Doença na Amazônia: o caso da fronteira Brasil/Colômbia.

MORA, Claudia; PEITER, Paulo; SUÁREZ-MUTIS, Martha C..
Recursos Educacionales Abiertos en Portugués | CVSP - Brasil | ID: cfc-180973
Arquivo de áudio contendo o debate que discutiu o processo saúde-doença na fronteira do Brasil com a Colômbia e teve como palestrantes Martha C. Suárez-Mutis (IOC), Paulo Peiter (EPSJV) e Claudia Mora, Mestranda em Saúde Pública pela ENSP. O objetivo do encontro é discutir soluções para os problemas de saúde pública existentes em áreas de fronteira, principalmente na Colômbia e Peru, onde, na maioria das vezes, não existe assistência à saúde adequada para as doenças predominantes nestas áreas. Paulo Peiter abriu os debates expondo algumas características peculiares às fronteiras, como a elevada incidências de atividades ilícitas, entre elas o tráfico de drogas e de armas; a migração e a exploração sexual; e um número significativo de população flutuante nas cidades gêmeas, que mesmo sem o porte de cidade grande, acaba enfrentando problemas iguais ou maiores do que nas grandes metrópoles. Segundo Paulo, a área de saúde apresenta problemas típicos em áreas de fronteira, como o controle e o monitoramento de doenças transmissíveis e a perda ou falta de informações e registros no acompanhamento de casos de longo tratamento. O palestrante destaca que o Trapézio Amazônico é composto por cerca de 100 mil pessoas distribuídas nas cidades de Tabatinga, Benjamim Constant e Atalaia do Norte no Brasil, Letícia na Colômbia e Santa Rosa e Islândia no Peru, e por serem zonas de fronteiras de interconexão de redes sociais de diferentes origens, tornam-se muito mais suscetíveis e vulneráveis. A segunda palestrante foi Claudia Mora, que apresentou uma análise do cenário das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) na fronteira Brasil/Colômbia, relatando sua experiência na implementação de Políticas de saúde sexual e reprodutiva na cidade de Letícia. Como colaboradora de diversos projetos de pesquisa na fronteira, Paula falou sobre DST, malária, hepatite e o cólera, que são hoje, as principais doenças na região. Apresenta alguns indicadores epidemiológicos e comportamentais, como o inicio precoce da sexualidade nos jovens da fronteira, a dificuldade no acesso aos serviços de saúde e o narcotráfico. Cita os principais indicadores de incidência de doenças na região, principalmente as sexualmente transmissíveis. Ao final de suas exposições, Paula alerta que o problema é grave, mas se forem realizadas ações de controle das DSTs nessas áreas, a epidemia poderá ser evitada. A última palestrante do dia, Martha Suárez-Mutis, apresentou uma análise da incidência da malária e do Cólera na tríplice fronteira, salientando que, hoje, a malária aparece em áreas de colonização como garimpos, periferias urbanas, áreas indígenas, áreas de extrativismo, entre outras. Apresenta dados que mostram que na região do Alto Solimões, Benjamin Constant tem a menor Incidência Parasitária Anual (IPA), alguns casos identificados de malária em crianças e números de casos de cólera na tríplice fronteira, entre 1991 e 1992. A pesquisadora também fez uma exposição sobre o vírus da Hepatite B que é a causa infecciosa mais importante de doenças hepáticas agudas e crônicas no mundo, além de ser uma das principais responsáveis pelo câncer de fígado e pela cirrose. Ao final de sua apresentação, Martha destacou que as ações conjuntas entre os países são indispensáveis para melhorar o estado de saúde das populações na fronteira.