Biblioteca Virtual en Salud

A migração celular, classificada como um processo dinâmico e muitas vezes seletivo, tem sido cada vez mais relacionada a fatores intrísecos ao tipo celular e ao microambiente para o qual a célula se encaminha. É crescente o número de trabalhos que demonstra a participação da matriz extracelular no posicionamento e ativação linfocitátia. Neste trabalho procuramos estudar os padrões de expressão de uma molécula relacionada à migração a ativação celular, a molécula CD44, nos diferentes órgãos linfóides periféricos, utilizando como modelo a doença de Chagas experimental. Nossos resultados demonstram uma variação na celularidade de diferentes órgãos linfóides, apesar da ativação policional previamente descrita. Ao analisarmos diferentes órgãos linfóides, observamos uma variação entre a celularidade e a expressão de CD44. Nos linfonodos mesentéricos- (cadeia mesentérica, gástrico e infra-hepático), o número de células encontra-se diminuído, enquanto a expressão de CD44 nas mesmas células encontra-se aumentada. Por outro lado, no baço e linfonodos subcutâneos- (inguinal, axiliares e braquiais), há um aumento na celularidade, enquanto que a expressão de CD44 encontra-se diminuída. Em vista dos dados da literatura que demonstram uma ativação policlonal dos linfonodos de animais infectados pelo Trypanosoma cruzi na fase aguda da doença, avaliamos se células sabidamente ativadas, que expressam CD25 poderiam ter baixa expressão de CD44, e este foi o caso. Posteriormente, a proliferação celular expontânea "ex-vivo" foi avaliada e evidenciamos um maior número de células nas fases S e G2 nos órgãos de maior celularidade, compatível com a presença de uma ativação policlonal. Finalmente, procurando definir o fenômeno responsável pelo desaparecimento de células dos linfonodos mesentéricos. Realizamos estudos de apoptose nos diferentes tecidos e observamos que no 7º dia após a infecção pelo parasita existeanimais infectados, sendo os outros tecidos semelhantes ao animal controle. Por outro, no pico de parasitemia, nos linfonodos mesentéricos que já se apresentam atrofiados, o número de células apoptóticas diminui enquanto os outros órgãos agora apresentam aumento no número de células apoptóticas. Nossos resultados sugerem que a infecção pelo T. Cruzi é capaz de promover alterações diferenciais de celularidade entre órgãos linfóides periféricos, que parecem estar relacionadas com a expressão de CD44 e morte por apoptose.(AU)