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Detecção e genotipagem de adenovírus humano em águas destinadas à recreação, provenientes da Ilha de Mosqueiro, região metropolitana de Belém, Estado do Pará, Brasil, janeiro de 2012 a dezembro de 2014

Gabbay, Yvone Benchimol; Miagostovich, Marize Pereira; Morais, Lena Líllian Canto de Sá; Nunes, Marcio Roberto Teixeira; Sousa, Maisa Silvia de; Tavares Neto, Fernando.
SMITH, Vanessa Cavaleiro.Detecção e genotipagem de adenovírus humano em águas destinadas à recreação, provenientes da Ilha de Mosqueiro, região metropolitana de Belém, Estado do Pará, Brasil, janeiro de 2012 a dezembro de 2014. 81 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2015.
Monografía en Portugués | IED | ID: ied-3110
A Ilha de Mosqueiro é o principal balneário da cidade de Belém e, embora receba um grande contingente populacional em suas praias durante todo o ano, não apresenta estações de tratamento de esgoto e águas pluviais que garantam a segurança da saúde de seus veranistas e dos moradores efetivos. A fim de se detectar a presença de HAdV em águas destinadas à recreação, foram coletadas, mensalmente, com exceção de julho que ocorreu quinzenalmente, águas de quatro praias (Paraíso, Murubira, Farol e Areião) situadas ao longo da costa da ilha, durante janeiro de 2012 a dezembro de 2014. As amostras foram concentradas pelo método de adsorção-eluição em membrana filtrante; em seguida, o DNA foi extraído pelo método da sílica e então submetido a nested-PCR. Os produtos positivos foram purificados utilizando-se o kit Mega Quick-spin total® (Intron Biotechnology) e sequenciados com o uso do Kit BigDye® Terminator v3.1 Cycle Sequencing (Life Technologies) e da plataforma 3130xL Genetic Analyzer (Applied Biosystems). Os dados ambientais foram obtidos por meio de consulta ao Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), disponíveis eletronicamente, considerando o dia e horário de coletas. Para isolamento viral foi utilizada a linhagem A549 (Carcinoma de pulmão humano), a fim de constatar a infecciosidade viral em algumas amostras de praias que apresentaram resultado positivo para HAdV. Do total de 156 amostras coletadas, 34 (21,8%) foram positivas para HAdV por nested-PCR, sendo as mesmas detectadas em todo o período estudado, não sendo possível observar um padrão sazonal. Dessas, 24 (70,5%) foram sequenciadas, sendo 20 (83,3%) caracterizadas como espécie F (16-80% como ad-41 e 4- 20% ad-40), duas com a espécie C, uma como espécie A e uma amostra que apresentou similaridade com adenovírus símio (SAdV). A precipitação pluviométria aparentemente não influenciou na detecção dos HAdV, mas o mesmo não ocorreu em relação à ação das marés, pois a maior detecção viral ocorreu em preamar, provavelmente devido ao carreamento de patógenos ambientais. Quatro amostras submetidas ao cultivo celular demonstraram efeito citopático (ECP), indicando que os HAdVs detectados nas águas recreativas da região metropolitana de Belém possuíam capacidade infectiva, logo apresentavam risco à saúde dos banhistas e frequentadores locais. Não foi observada relação entre bactérias coliformes (Escherichia coli) e HadV, visto que a presença viral foi confirmada em 21,1% (31/147) das amostras, cuja concentração de bactérias estava de acordo com os padrões vigentes (<2000). Este estudo demonstrou a presença de HAdV em praias de água doce, além de evidenciar o padrão de circulação de HAdV, até então desconhecido nessa região em ambientes destinados ao lazer. Alem disso, reforça a importância da análise virológica juntamente com a dos indicadores bacterianos atualmente usados e sobre a necessidade de maiores estudos na avaliação dos riscos à saúde pública por este e outros vírus.