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Avaliação da eficiência de estações de tratamento de esgoto na redução da carga viral e bacteriana na região metropolitana de Belém ­ Pará, Brasil

Carneiro, Bruno Santana; Gabbay, Yvone Benchimol; Morais, Lena Líllian Canto de Sá; Siqueira, Jones Anderson Monteiro.
COIMBRA, Vanessa Brenda Silva. Avaliação da eficiência de estações de tratamento de esgoto na redução da carga viral e bacteriana na região metropolitana de Belém ­ Pará, Brasil. 133 f. Dissertação (Mestrado em Virologia) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2020.
Monografía en Portugués | IED | ID: ied-4481
Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) são fundamentais no controle da qualidade das águas residuais lançadas no meio ambiente. Os processos de tratamento são importantes para a diminuição da transmissão de agentes patogênicos de veiculação hídrica, como vírus responsáveis por causar hepatites. O vírus da hepatite A (VHA) pertencente à família Picornaviridae é transmitido primariamente pela rota fecal-oral, de pessoa a pessoa ou por água e alimentos contaminados. O tratamento biológico de efluentes pode remover até 80% dos vírus entéricos presentes, porém uma grande carga viral ainda pode ser disseminada nos corpos hídricos receptores. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de quatro ETEs na redução da carga orgânica, viral e bacteriana, por meio de indicadores de qualidade ambiental, durante o período de outubro de 2018 a dezembro de 2019. A concentração das partículas do VHA ocorreu pelo método de floculação orgânica com leite desnatado e a extração do ácido nucléico foi realizada com kit comercial QIAamp Viral RNA, seguida de transcrição reversa utilizando Super Script III (INVITROGEN). A região de junção VP1/2A do genoma do VHA foi amplificada pela técnica de Nested ­ PCR e a quantificação das partículas virais ocorreu pela metodologia qPCR. O número mais provável (NMP/100ml) de coliformes totais, termotolerantes e Escherichia coli foi determinado pelo kit COLLILERT 18. Os enterococos foram quantificados a partir do kit ENTTEROLERT 18, já as bactérias heterotróficas pelos métodos de SimPlate e PourPlate. As variáveis físico-químicas foram medidas com sonda multiparamétrica e espectrofotometria. As análises estatísticas foram realizadas utilizando os softwares BioEstat v.5.3 e Past3. O VHA foi detectado em 82,75% (48/58) das amostras analisadas por qPCR e em 10,34% (6/58) das testadas por Nested-PCR. O periodo de maior ocorrência do VHA foi durante a estiagem, mas, não houve correlação significativa. Os maiores percentuais foram observados nas amostras de efluentes brutos das ETEs Outeiro e Mosqueiro, como também no efluente tratado desta última. No entanto, não houve diferença significativa quanto a carga viral, quando se comparou os valores de entrada e saída de todas as ETEs avaliadas. Variáveis físico-químicas (DBO, OD, nitrogênio amoniacal, fósforo total, condutividade elétrica e STD) foram correlacionadas com alterações bacteriológicas (coliformes totais, enterococos e bactérias heterotróficas) e presença do VHA. A carga viral reduziu em média uma unidade logarítmica, enquanto a bacteriológica, duas unidades, sendo a maior diminuição observada na ETE Mosqueiro, de quatro a seis unidades. Neste estudo, uma eficiência de remoção abaixo de 60% foi observada na maioria das amostras analisadas. Os elementos avaliados nesta pesquisa indicam a necessidade de implantação de tratamentos complementares aos sistemas operantes nas ETEs monitoradas, como forma de se alcançar melhor desempenho e reduzir a contaminação ambiental dos recursos hídricos.