Estudo retrospectivo realizado entre janeiro de 1986 e junho de 1998 no
Hospital Universitário da
Universidade Federal de Sergipe com o objetivo de analisar os dados epidemiológicos, quadro clínico, meios diagnósticos, opçöes terapêuticas e índice de
morbimortalidade de
pacientes portadores da
Doença de Hirschsprung que foram submetidos a
tratamento cirúrgico. Foram avaliados 29
pacientes com predomínio do
sexo masculino(80 por cento) e
incidência maior em
pacientes abaixo de um ano de idade (72,5 por cento). As
manifestaçöes clínicas mais freqüentes foram a distensäo abdominal (48,3 por cento) seguida da
obstruçäo intestinal (38 por cento), constipaçäo (34,5 por cento),
toque retal com
fezes explosivas (31 por cento) e vômitos biliosos (31 por cento). Os exames complementares mais utilizados foram o
enema opaco (58,6 por cento), seguido da
radiografia simples de
abdome (48,3 por cento) e da
biópsia de
cólon (45 por cento). O
procedimento cirúrgico definitivo mais executado foi a
cirurgia de Duhamel modificada (44,5 por cento). Em 27,6 por cento dos
pacientes houve relato de algum tipo de complicaçäo
pós-operatória. A
infecçäo de ferida operatória foi a complicaçäo mais freqüente nos
pacientes submetidos à
cirurgia definitiva (37,5 por cento). O
procedimento cirúrgico que apresentou maior índice de
morbidade foi a
cirurgia de Duhamel Haddad (67 por cento). Ocorreram 2 óbitos, ambos em
pacientes com
enterocolite que foram colostomizados. A
morbidade do
procedimento cirúrgico definitivo foi zero. De acordo com os dados encontrados, a
cirurgia de Duhamel mostrou-se vantajosa e eficaz no
tratamento da
Doença de Hirschsprung. O índice de
morbidade da
cirurgia definitiva foi alto, porém, foram
complicaçöes de fácil correçäo e sem
mortalidade