Analisamos 105
neoplasias malignas em 94
pacientes (6,2 porcento) - 11 deles com 2 tipos diferentes de
neoplasias - observados em um grupo de 1.511
pacientes transplantados renais, entrre janeiro de 1965 a dezembro de 1990. Dos 105
casos de
neoplasias malignas observadas 85
casos eram da
linhagem epitelial e 20
casos de
linhagem mesenquimal. Das
neoplasias da
linhagem epitelial, 33
casos (31.41 porcento) eram de
pele - 19
casos espinocelulares, (
CEC) 12
casos basocelulares (CBC) e 2
casos espino-basocelulares - , 14
casos (13,3 porcento) eram de
língua,
lábio ou
períneo e 38
casos (36,2 porcento) eram de outros tipos
Fígado (8), intestino (5),
rim primitivo (5),
tireóide(3),
colo uterino(5),endométrtio(3),
melanoma(3),
mama(2),
pulmäo(2) e indiferenciados(2). Das
neoplasias de
linhagem mesenquimal, a mais frequente foi o
sarcoma de Kaposi (9
casos), seguido de
linfoma (4), leucemis(3) e outros tipos(4). A
incidência de
neoplasia aumentou com o
tempo pós-
transplante de 0 a 12 meses, 1,05 porcento; de 13 a 60 meses, 2,83 porcento; de 61 a 120 meses,3,91 porcento; de 121 a 180 meses, 6,64 porcento; e de 181 a 240 meses, 7,46 porcento. Quanto à tipagem HLA,A,B, a
incidencia de
CEC e CBC foi mais frequente em portadores de
antígenos A3, B7 e B27. Nenhum
caso desse tipo de
tumor ocorreu em
pacientes HLA B17 e B35 positivos. Portadores de
antígenos A3, B7 e B17 estiveram associados a presença de outras
neoplasias epiteliais. Os portadores de
neoplasia da
linhagem mesenquimal tinham mais frequentemente
antígenos A9, A28 e B12. O
prognóstico foi pior nos
casos das
neoplasias de
linhagem mesenquimal, onde a
mortalidade foi de 60 porcento. Concluímos que as
neoplasias malignas säo um tipo de complicaçäo importante no
pós-
transplante renal, sendo as mais frequentes aquelas da
linhagem epitelial (81 porcento).(au)