É rara a ocorrência de
tromboembolismo venoso (TEV) na infância. A partir de um
registro de
casos realizados no
Canadá, foi estimada uma
incidência populacional de 0,07
casos por 10.000
crianças. O TEV torna-se mais freqüênte nos
adolescentes, principalmente do
sexo feminino, com o uso de
anticoncepcionais orais, após a
gravidez e durante o
puerpério. O
diagnóstico, assim como em
adultos, é feito pelo mapeamento dúplex, devendo ser confirmado por
flebografia em
casos de dúvida. O
tratamento com
anticoagulantes é o mais indicado, sendo que as doses devem ser ajustadas em função da idade, peso e
testes laboratoriais.
Nomogramas para ajuste das doses de
heparina, heparinas de baixo
peso molecular e
varfarina podem auxiliar nessa
prescrição. Existem relatos de uso de
fibrinolitícos,
trombectomia e filtro de
veia cava em situações excepcionais. Nesta
revisão, são discutidas peculiaridades do
diagnóstico,
tratamento, evolução e
profilaxia de TEV em
crianças e
adolescentes, salientando-se importante morbi-
mortalidade. Além disso, ressalta-se a necessidade de que todo
médico que lida com
crianças ou
adolescentes tenha o
conhecimento dessa
doença, considerando esse
diagnóstico ante a presença de
sinais ou
sintomas sugestivos, a fim de encaminhar a
criança a um
especialista, a quem caberá confirmar o
diagnóstico e orientar o
tratamento...