Objetivos: Determinar se a
drenagem do líquido
cérebro -espinhal poderia aumentar a
pressão de
perfusão da
medula espinhal e prevenir a ocorrência de
paraplegia após o
clampeamento da
aorta torácica em
cães , além de correlacionar a
pressão de
perfusão da
medula espinhal ao
estado neurológico dos
animais e ao grau de
injúria histológica de suas medulas.
Métodos: Os
animais do grupo I (n=6)foram submetidos a uma
toracotomia lateral esquerda sem
clampeamento da
aorta torácica ; os
animais do Grupo II (n=6) foram submetidos a uma
toracotomia lateral esquerda com
clampeamento da
aorta torácica , e os
animais do Grupo III (n=6)foram submetidos a uma
toracotomia lateral esquerda com
drenagem do líquido
cérebro -espinhal, seguida de
clampeamento da
aorta torácica .
Resultados: Todos os
animais do Grupo II apresentaram
lesão na
medula espinhal ; os
animais do Grupo I e III eram neurologicamente normais (P=0,00108), A
pressão de
perfusão da
medula espinhal dos
animais dos Grupos I e III foi maior que a dos
animais do Grupo II (P=0,000). A
histologia da
medula espinhal dos Grupos I e III mostrou aspecto normal; no Grupo II havia
infarto dos
neurônios motores .
Conclusões: A
drenagem do líquido
cérebro -espinhal foi eficiente em diminuir o índice de
paraplegia após
clampeamento da
aorta torácica em
cães . Deve-se esse efeito protetor à redução da
pressão do líquido
cérebro -espinhal, com o conseqüente aumento da
pressão de
perfusão da
medula espinhal .