Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto causado pela perda de elementos dentários no desempenho de atividades diárias de pacientesadultos atendidos na Clínica de Odontologia da UFPE, relacionando ao sexo, idade, renda e escolaridade. Foram entrevistados 65 pacientes que necessitavam de tratamento odontológico, os quais foram selecionados aleatoriamente. Utilizou-se um formulário para avaliação dos fatores sóci-econômicos e dois formulários para avaliar o Índice dos Impactos Odontológicos no Desempenho Diário (IODD). Observou-se que 83,1 por cento dos entrevistados afirmaram que o ato de mastigar e saborear os alimentos foi a atividade que sofreu maior impacto. No valor do índice IODD para o impacto em relação ao número de dentes presentes, 84,6 por cento dos pacientes tiveram impacto de até 40 por cento. Houve associação significante entre o sexo e o IODD (P=0,017), com as pacientes do sexofeminino apresentando os maiores impactos; também entre o número de dentes presentes e os impactos percebidos (P<0,001), onde os pacientes com o menor número de dentes apresentaram maiores impactos quando comparados aos com maior número de dentes. Conclui-se que o número de dentes influenciou na autopercepção de impactos odontológicos na vida diária.