A
pressão arterial, como qualquer outra variável fisiológica, tem
distribuição normal entre a
população. Há uma relação contínua entre
pressão arterial e
doença cardiovascular, mas não há um valor-limite que separe os
pacientes hipertensos que terão um evento cardiovascular
futuro daqueles que não o terão. O
risco de
doença cardiovascular depende da
pressão arterial, dos
fatores de risco coexistentes e da existência de
lesões em
órgãos-alvo. O Seventh Joint National Committee (JNC 7) reuniu indivíduos com
pressão arterial normal e normal-alta em único grupo, denominado
pré-hipertensão. Nessa diretriz, a
pré-hipertensão é considerada um precursor da
hipertensão estágio 1 e índice
prognóstico de
risco cardiovascular. O estudo inicial deFramingham, porém, assim como as
Diretrizes Europeias e Brasileiras de
Hipertensão, não sustenta a ideia de rotular indivíduos com
pressão arterial normal como sendo pré-hipertensos. A questão-chave que permanece sem resposta é se indivíduos com
pressão arterial normal-alta devem ser
tratados farmacologicamente antes que progridam para
hipertensão. Sabemos que a elevação da
pressão arterial representa um
fator de risco independente, linear e contínuo para os
pacientes, que podem ser vitimados por
doenças cardiovasculares.
Blood pressure, like any physiological variable, is normally distributed in the
population. There is a continuous relation between
blood pressure and
cardiovascular disease, but no clear threshold value separates hypertensive
patients who will experience
future cardiovascular events from those
who will not. The
risk of
cardiovascular disease depends on
blood pressure, coexistent
risk factors, and whether there is hypertensive damage to
target organs. The JNC 7 guidelines combined subjects with normal and high-normal
blood pressure into a single group called
prehypertension. In this
guideline,
prehypertension is considered a precursor of stage 1
hypertension and a predictorof excessive
cardiovascular risk. However, the initial Framingham study, European and Brazilian
hypertension guidelines do not support the idea of labeling subjects with normal
blood pressure as being prehypertensive. The key question whether subjects with high-normalblood
pressure should be pharmacologically treated beforet hey progress to
hypertension remains unanswered.
Life-style
measures can reduce
blood pressure and may prove useful in those with high normal/
prehypertension blood pressures