BRAF mutations in cutaneous melanoma: no correlation with histological prognostic factors or overall survival / Mutações BRAF em melanomas cutâneos: nenhuma correlação com fatores prognósticos e sobrevida global
To identify the incidence of BRAF and c-Kit genemutations in primary cutaneous melanomas in Brazilian patients and to evaluate pathogenetic and prognostic implications of these mutations correlating them with clinical and histopathological data. MATERIAL AND
In comparison with the medical literature, a relatively low frequency of BRAF mutation in primary (39 percent) and metastatic (40 percent) melanomas and complete absence of c-Kit genemutations were demonstrated. BRAF mutations arose at an early stage during melanoma progression and were not involved in the transition of thin (< 1 mm) to thick (> 1 mm) melanomas. BRAF mutations are related to patients' younger age and to the pattern of sun exposure, although there was no correlation with any histological prognostic factor or overall survival.
CONCLUSION:
The identification of both BRAF and c-Kit mutation is not a suitable prognostic indicator in the Brazilian population. Moreover, the relatively low frequency of BRAF mutations brings into question if it actually plays a key role in melanoma pathogenesis.
Identificar a incidência de mutações dos genes BRAF e c-Kit em melanomas cutâneos primários em uma série de pacientes brasileiros e avaliar as implicações patogenéticas e prognósticas dessas mutações, correlacionando-as com dados clínicos e histopatológicos. MATERIAL E
MÉTODOS:
Noventa e seis espécimes cirúrgicos de melanomas cutâneos e 15 metástases correspondentes foram analisados por meio da técnica TaqMan Real-Time polymerase chain reaction (PCR).
RESULTADOS:
Uma frequência relativamente baixa de mutações BRAF em melanomas cutâneos primarios (39 por cento) e metastáticos (40 por cento) em comparação com os dados da literatura e ausência de mutações c-Kit foi demonstrado. Mutações BRAF surgiram em um estágio inicial da progressão do melanoma e não foram envolvidas na transição de melanomas finos (< 1 mm) para grossos (> 1 mm). Essas mutações estavam presentes em pacientes mais jovens e se correlacionaram com o padrão de exposição solar dos pacientes estudados, mas não houve correlação com nenhum fator prognóstico histológico ou sobrevida global dos mesmos.
CONCLUSÃO:
A identificação de ambas as mutações (BRAF e c-Kit) não servem como indicadores de prognóstico na população brasileira. Além disso, a baixa frequência de mutações BRAF encontrada neste estudo nos faz questionar se essa mutação realmente tem papel-chave na patogênese do melanoma.