O medo de cair é definido como baixa autoeficácia ou confiança no próprio equilíbrio para evitar quedas, causando declínio no desempenho físico e funcional, alterações no equilíbrio e na marcha dos idosos, tendo impacto negativo na qualidade de vida. Vários estudos têm identificado o déficit visual como fator contributivo para a ocorrência de quedas e do medo de cair em idosos.
Trata-se de estudo observacional com 139 idosos com catarata (71,4±6,2 anos). A qualidade de vida relacionada à visão foi avaliada pelo Visual Function Questionnaire (VFQ) e a preocupação com a possibilidade de quedas foi avaliada pela Falls Efficacy Scale International (FES-I-Brasil).
RESULTADOS:
Idosos que relataram algum grau de medo de cair apresentaram médias mais altas na escala FES-I-Brasil, quando comparados aos que não o relataram, indicando maior preocupação com a possibilidade de cair (p=0,000; Kruskal-Wallis). Com relação à visão funcional (VFQ) e à qualidade de vida relacionada à visão, quanto maior o medo de cair, piores eram a visão e a qualidade de vida (p=0,003; Kruskal-Wallis).