ABSTRACT
Objetivou-se analisar as implicações dos transtornos psiquiátricos na relação mãe-filho na percepção da mulher em puerpério. Utilizou-se abordagem qualitativa descritiva com dados colhidos em entrevista semiestruturada aplicada a dez puerperas, selecionadas pelo diagnóstico de transtorno psíquico no puerpério. Os dados coletados foram discutidos pela técnica de análise de conteúdo. Os resultados apontam dificuldades das pacientes em se perceber doentes, devido a fatores culturais e sociais que agem frente aos fatores biológicos na definição de diagnóstico e tratamento dos transtornos, havendo prejuízo no prognóstico, acarretando danos na relação mãe-filho. Concluiu-se que, apesar da incidência e gravidade dos transtornos psiquiátricos no ciclo gestacional, os serviços e profissionais de saúde precisam ser provocados na efetivação de ações preventivas para minimizar o sofrimento psíquico a mulheres acometidas.
That is a descriptive qualitative research that aimed to analyze the implications of the psychiatric disorders in the mother-child relationship, according to the maternal perception. Data were collected though semi-structured interview with ten women, selected by the diagnosis of mental disorders in the postpartum period. The collected data were discussed through the content analysis technique. The results pointed difficulties of the mothers to feel themselves sick, due to cultural and social factors that act in the presence of biological factors in the definition of the diagnosis and treatment of the disorders; determining impairment in the prognosis and, causing damages in the mother-child relationship. One concluded that, although the incidence and gravity of psychiatric disorders in the gestational cycle, the professionals and health services still need to be provoked for the implementation of preventive actions to minimize the psychic suffering of the women affected.
Se objetivó analizar implicaciones de trastornos psiquiátricos en la relación madre-hijo, en la percepción de la mujer puérpera. Se utilizó enfoque cualitativo descriptivo con datos recogidos por entrevista semiestructurada en diez madres diagnosticadas con trastorno psíquico en puerperio. Los datos recogidos fueran discutidos por la técnica de analice de contenido. Los resultados muestran dificultades de las pacientes en percibirse enfermas, debido a factores culturales y sociales que ajen frente a los biológicos en la definición de diagnóstico y tratamiento de trastornos, habiendo prejuicio en el pronóstico, y trayendo danos para la relación madre-hijo. Se concluye que, aunque exista incidencia y gravitad de trastornos psiquiátricos en el posparto, los servicios y profesionales de salud precisan ser provocados para la efectuación de acciones preventivas, que disminuyan el sufrimiento de las mujeres acometidas.