ABSTRACT
A Globalização da economia desencadeou uma série de transformações em escala mundial, que impactou todos os setores: econômico, social, cultural, político, educacional, etc. O paradigma técnico econômico emergente das Tecnologias da Informação e Comunicação intensificou os efeitos da globalização, imprimindo ao cenário mundial um aspecto dinâmico e cheio de incertezas e introduzindo uma cultura voltada para a geração de inovações tecnológicas como base para o desenvolvimento econômico dos países. No mundo do trabalho, as mudanças refletem novas exigências para as Organizações e, respectivamente na relação entre estas e os seus trabalhadores. Em divergência a uma abordagem predominantemente influenciada pelo modelo mecanicista, evidencia-se atualmente uma concepção onde características como flexibilidade, criatividade, capacidade de adaptação a mudanças e geração de conhecimentos, entre outros aspectos subjetivos relacionados a atuação profissional tornam-se relevantes. As Organizações de C&T, assim como todas as outras, buscam se modernizar para corresponder as exigências impostas pelo paradigma em transição. Tais exigências implicam também numa necessidade de se pensar uma nova abordagem para o desenvolvimento do profissional, que passa a ser visto pela importância de seus conhecimentos. Nesse sentido, alguns autores identificam atributos que podem justificar a emergência de um novo modo de produção do conhecimento, realizado no contexto da aplicação, ou melhor, na situação real do trabalho. Este modo, denominado por Gibbons como modo II, pode agregar valor ao modo tradicional e disciplinar de conhecimento. Nesse contexto, o conceito de competência apresenta-se como um referencial propício para o desenvolvimento deste estudo, que tem como objetivo geral propor elementos para a construção de um programa que subsidie o desenvolvimento de competências individuais para os trabalhadores da área de gestão da ENSP, visando o alinhamento da área aos objetivos institucionais.
