ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the influence of energy supplementation on associative effects between forage and concentrate supplements and on the performance of beef cattle on a tropical pasture during the rainy season. Twenty-eight Nellore bulls averaging 19 months of age and 325.2 ± 4.1 kg were allotted to a completely randomized design and distributed into four paddocks of two hectares each with a tropical pasture for 84 d. The treatments consisted of bulls on Urochloa brizantha cv. Xaraés pasture without concentrate supplementation or bulls on Urochloa brizantha cv. Xaraés pasture receiving concentrate supplementation at 15 (S15), 30 (S30) or 45% (S45) of the total digestible nutrients (TDN) requirement. All bulls had ad libitum access to mineral supplementation. The amount and chemical composition of the supplement were adjusted every 28 d. Forage and supplement intakes were evaluated in all animals using fecal markers. Crude protein: digestible organic matter ratio decreased with supplementation; consequently, the imbalance between dietary protein and energy increased. Forage intake decreased with increasing supplementation. The substitution rates of pasture for supplementary feed were 0.14, 0.33, and 0.46 for bulls from S15, S30, and S45 treatments, respectively. However, the apparent DM digestibility increased linearly with supplementation level. Supplementation improved the assimilation of ammonia-N in the rumen. Energy supplementation for Nellore bulls on tropical pastures during the rainy season provides excess energy relative to protein, resulting in a substitution effect of supplement intake on forage intake. Moreover, energy supplementation does not improve body weight gain. Protein sources should be added to supplements for balancing protein and energy levels, thereby reducing a likely substitution effect.(AU)
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da suplementação energética nos efeitos associativos entre a forragem e suplemento concentrado e no desempenho de bovinos de corte em pasto tropical durante o período chuvoso. Vinte e oito touros da raça Nelore com idade média de 19 meses e 325,2 ± 4,1 kg foram alocados em delineamento inteiramente casualizado e distribuídos em quatro piquetes de dois hectares cada, com pasto tropical por 84 dias. Os tratamentos consistiram de touros em pastagem com Urochloa brizantha cv. Xaraés sem suplementação concentrada e touros em pastagem de Urochloa brizantha cv. Xaraés recebendo suplementação concentrada com 15 (S15), 30 (S30) ou 45% (S45) da necessidade de nutrientes digestíveis totais (NDT). Todos os touros tiveram acesso ad libitum à suplementação mineral. A quantidade e a composição química do suplemento foram ajustadas a cada 28 dias. A ingestão de forragem e suplemento foi avaliada em todos os animais por meio de marcadores fecais. A relação proteína bruta: matéria orgânica digestível diminuiu com a suplementação, consequentemente, o desequilíbrio entre proteína e energia da dieta aumentou. O consumo de forragem diminuiu, com efeito substitutivo do consumo de pasto pelo suplemento de 0,14, 0,33 e 0,46 para touros dos tratamentos S15, S30 e S45, respectivamente. No entanto, a digestibilidade aparente da MS aumentou linearmente com o nível de suplementação. A suplementação melhorou a assimilação do nitrogênio amoniacal no rúmen. A suplementação energética para touros Nelore em pastagens com pasto tropical durante a estação chuvosa fornece excesso de energia em relação à proteína, resultando em um efeito de substituição do consumo de forragem por suplemento. Além disso, a suplementação energética não melhora o ganho de peso corporal. Fontes de proteína devem ser adicionadas aos suplementos para equilibrar os níveis de proteína e energia, diminuindo um provável efeito de substituição.(AU)