ABSTRACT
Os autores realizaram estudo prospectivo de 154 pacientes submetidas a cirurgias ginecológicas provenientes de clínica privada e da Clínica Ginecológica do Hospital Universitário do Norte do Paraná, da Universidade Estadual de Londrina, durante os anos de 1998 e 1999, avaliando-se o tipo de cirurgia, cuidados perioperatórios, índices hematimétricos e necessidades transfusionais. Nas pacientes cujo teor de hemoglobina era inferior a 10g/dl no pré-operatório e 8g/dl no pós-operatório, administrou-se eritropoetina recombinante humana (Hu-Epo) na dose diária de 150-300UI/Kg, via subcutânea; hidróxido de ferro 100 mg, via endovenosa; ácido folínico 3mg, via intramuscular; Vitamina B12 5.000UI, via intramuscular. Houve rigoroso controle hemostático e hemodinâmico no intra-operatório, através de rigorosa hemostasia mecânica, da utilização de drogas e de produtos hemostáticos, além da utilização de expansores cristalóides e colóides. A média de perda de sangue operatória foi 2,13g/dl, fato que dispensou o uso de hemotransfusões em todos os casos. Concluem os autores que as cirurgias ginecológicas são possíveis sem o uso de transfusões de sangue alogênico, todavia a fim de que possa utilizar, adequadamente, alternativas pertinentes, práticas e viáveis