Metáforas e dependência química / Metaphors and chemical dependence

Metáforas estão presentes no discurso de dependentes químicos participantes de grupos de ajuda mútua. Neste estudo, procurou–se identificar, através da análise do conteúdo do discurso de quatro participantes de um grupo de ajuda mútua de dependentes químicos, as metáforas relativas à dependência química e aos processos de recaída e de recuperação e suas relações com a teoria, implícita ou explícita, sobre dependência química, adotada por esses participantes. As entrevistas foram semi-estruturadas, gravadas e transcritas. Os resultados indicaram a presença de sete metáforas: duas acerca do processo de recaída, uma relativa ao processo de recuperação, duas acerca da dependência química e duas a respeito do grupo de ajuda mútua. Evidenciou-se uma congruência entre essas metáforas e o modelo de dependência química como doença crônica, nos moldes tradicionais do Alcoólicos Anônimos(AU)

Metáforas e dependência química / Metaphors and chemical dependence

Metáforas estão presentes no discurso de dependentes químicos participantes de grupos de ajuda mútua. Neste estudo, procurouûse identificar, através da análise do conteúdo do discurso de quatro participantes de um grupo de ajuda mútua de dependentes químicos, as metáforas relativas à dependência química e aos processos de recaída e de recuperação e suas relações com a teoria, implícita ou explícita, sobre dependência química, adotada por esses participantes. As entrevistas foram semi-estruturadas, gravadas e transcritas. Os resultados indicaram a presença de sete metáforas: duas acerca do processo de recaída, uma relativa ao processo de recuperação, duas acerca da dependência química e duas a respeito do grupo de ajuda mútua. Evidenciou-se uma congruência entre essas metáforas e o modelo de dependência química como doença crônica, nos moldes tradicionais do Alcoólicos Anônimos

[Prevalence and risk factors associated with drug use among school students, Brazil]. / Prevalência e fatores de risco relacionados ao uso de drogas entre escolares.

OBJECTIVE: To assess prevalence and risk factors associated with drug abuse among public elementary and high school students in the southern city of Florianópolis, Brazil. METHODS: A descriptive cross-sectional study was carried out using a standardized questionnaire created during the 4th National Survey on Drug Abuse. Four hundred and seventy-eight students were interviewed by trained college students. Of the interviewees, 43% aged 13 - 15 years and 32% aged 16 - 18 years and they had a higher socioeconomic status than the national average. RESULTS: Ever use prevalence for alcohol, marijuana, solvent drugs and amphetamines was 86.8%, 19.9%, 18.2% and 8.4%, respectively. Regular use (6 or more times per month) of alcohol, marijuana, solvent drugs and amphetamines was found in 24.2%, 4.9%, 2.5% and 2.3% of students, respectively, a higher percentage when compared to other southern states' capitals and the national average. Age, sex, social status and living with both parents were significantly associated with drug abuse. Girls were twice as likely to consume weight loss drugs and stimulants, and almost three times more likely to use tranquilizers without medical prescription. Boys were almost twice as likely to use solvent drugs. Higher social students were twice as likely to consume alcohol than those of lower social status. Cigarette and marijuana smoking, respectively, were 84% and 67% more likely among students whose parents were separated. CONCLUSIONS: There is a high prevalence of drug use among elementary and high school students in Florianópolis.

Prevalência e fatores de risco relacionados ao uso de drogas entre escolares / Prevalence and risk factors associated with drug use among school students, Brazil

OBJETIVO: Analisar a prevalência e os fatores de risco relacionados ao uso indevido de drogas entre estudantes de uma escola pública de primeiro e segundo graus. MÉTODOS: Foi realizado estudo descritivo transversal, utilizando, como instrumento de pesquisa, um questionário anônimo, padronizado e amplamente testado no Brasil para levantamento do uso de drogas. A populaçäo estudada foi constituída de 478 estudantes de escola pública de primeiro e segundo graus, de Florianópolis, SC. Os questionários foram aplicados por estudantes universitários devidamente treinados. Entre os estudantes pesquisados, 43 por cento e 32 por cento foram de faixa etária de 13 a 15 anos e de 16 a 18 anos, respectivamente, com predomínio de classes socioeconômicas mais altas. RESULTADOS: A prevalência de uso de maconha na vida (19,9por cento), solventes (18,2por cento), anfetamínicos (8,4por cento) e álcool (86,8por cento) foi elevada em Florianópolis, comparada a outras capitais da regiäo Sul e à média brasileira. Notou-se elevado e freqüente uso (seis ou mais vezes por mês) de álcool (24,2por cento), maconha (4,9por cento), solventes (2,5por cento) e anfetamínicos (2,3por cento). Os fatores demográficos relacionados ao uso de drogas na vida foram idade, sexo, classe socioeconômica e vida junto aos pais. A chance de garotas usarem remédios para emagrecer ou ficarem acordadas foi o dobro da chance de garotos e, quanto ao uso de tranqüilizantes, quase o triplo. Os garotos tinham um risco quase duas vezes maior de uso de solvente do que as garotas. A classe socioeconômica alta foi associada a um risco duas vezes maior do uso de álcool do que a classe baixa. O risco de uso de cigarro e maconha na vida foi 84 por cento e 67por cento maior, respectivamente, para alunos cujos pais estavam separados. CONCLUSAO:Constatou-se alta prevalência de uso de várias drogas entre os alunos de primeiro e segundo graus

A noção de autocontrole em B. F. Skinner: de 1948 a 1989

Acompanhou-se a trajetória de B. F. Skinner, em cinco de suas obras, editadas de 1948 a 1989, abordando a questão do autocontrole do comportamento. Procurou-se identificar, inicialmente, em cada texto, a definição e as diferentes técnicas de autocontrole descritas, para, a seguir, compará-las entre si, com o intuito de verificar se houve mudanças significativas no pensamento desse autor em relação a esse tema. Percebeu-se uma evolução nas análises feitas por Skinner, a partir de 1969, em dois aspectos fundamentais: 1) as semelhanças assinaladas entre os processos de resolução de problemas e de autocontrole, e 2) a ênfase sobre a origem social do autoconhecimento e do comportamento de autocontrole(AU)

Em busca de uma tipologia motivacional relativa ao tratamento do alcoolismo / Researching a motivational typology related to the treatment of alcoholism

Busca delinear uma Tipologia Motivacional relativa ao tratamento do alcoolismo, que possa contribuir para: compreender melhor o processo de mudança do comportamento do alcoolista; interpretar os diferentes resultados de tratamento apresentados durante um programa de recuperação ou no período de seguimento; planejar as condições de mudança de comportamento, através de programas específicos desenvolvidos em instituições hospitalares, atendimento psicoterápico ou grupos de ajuda mútua. No estudo I, realiza entrevista com 15 Ss, internados no Instituto de Psiquiatria São José, SC, levantando as razões para o beber excessivo e internação. No estudo II, através de entrevista orientada por 3 questionários: eventos críticos do cotidiano; razões para beber; razões para internação. Buscou agrupar 59 Ss por meio de Análise Hierárquica de Conglomerados. Os resultados do estudo I confirmam pesquisas anteriores que alegam como razão para internação, problemas relativos a sua saúde e, como razão para o beber descontrolado, a pressão social de companheiros. O estudo II indica a existência de 2 conglomerados de indivíduos, os Ss que reconhecem e os que negam a própria condição de alcoolista. Aponta a importância de um planejamento diferenciado para os diferentes grupos de alcoolistas, de acordo com sua história, o contexto, crenças e opiniões sobre o beber excessivo e a própria internação (AU)

Em busca de uma tipologia motivacional relativa ao tratamento do alcoolismo / Researching a motivational typology related to the treatment of alcoholism

Através de 2 estudos, busca delinear uma Tipologia Motivacional relativa ao tratamento do alcoolismo, que possa contribuir para: 1) compreender melhor o processo de mudança do comportamento do alcoolista; 2) interpretar os diferentes resultados de tratamento apresentados durante o desenrolar de um programa de recuperaçao ou no período de seguimento; 3) planejar as condiçöes de mudança de comportamento através de programas específicos desenvolvidos em instituiçöes hospitalares, atendimento psicoterápico ou grupos de ajuda mútua. No estudo 1, realiza entrevista com 15 Ss, internados no Instituto de Psiquiatria Säo José, SC, obtendo um levantamento de razöes para o beber excessivo e razöes de internaçäo. No estudo 2, através de entrevista orientada por 3 questionários: a) eventos críticos do cotidiano; b) razöes para o beber; c) razöes para a internaçäo buscou agrupar 59 Ss por meio de Análise Hierárquica de Conglomerados segundo diversos critérios para definir o perfil dos indivíduos. Os resultados no estudo 1 confirmam pesquisas anteriores que alegam como razäo para internaçäo, problemas relativos a sua saúde e, como razäo para beber, principalmente a pressäo social de companheiros para o beber descontrolado. Os resultados no estudo 2 indicam a existência de 2 conglomerados de indivíduos: os que reconhecem e os que negam a própria condiçäo de alcoolista ou dos eventos críticos associados frequentemente com a situaçäo de beber excessivo e/ou de buscar/aceitar internaçäo. Ressalta a relevância de se considerar o estágio de desenvolvimento do alcoolista relativo a um processo de mudança comportamental. Aponta a importância de um planejamento diferenciado para os diferentes grupos de alcoolistas, de acordo com sua história, o contexto atual em que estäo inseridos, suas crenças e opiniöes a respeito da própria internaçäo. Discute aspectos metodológicos relativos às condiçöes de coleta de dados com alcoolistas em tratamento hospitalar e a falta de correspondência entre diferentes classificaçöes derivadas da análise hierárquica de conglomerados de indivíduos