ABSTRACT
Desde mediados de los ochenta del siglo pasado, la reducción del gasto público destinado al campo y la eliminación de barreras comerciales pusieron en juego la competitividad del sector agrícola mexicano. Las empresas adoptaron cambios tecnológicos y de organización laboral a partir de una combinación de mano de obra calificada con fuerza de trabajo desvalorizada por razones de género, edad o etnia; esta última opera en condiciones de amplia flexibilidad laboral. El presente artículo analiza las formas de inserción del trabajo infantil migrante en la agricultura de exportación mexicana. Los datos fueron levantados en un campo de jornaleros de una de las empresas más importantes del ramo. Se aplicó una encuesta a 66 familias y se hicieron 41 entrevistas semi-estructuradas, 3 talleres con infantes y una matriz de riesgos laborales. El 94% de los niños y niñas trabajan en el corte de pepino y jitomate y el 6% restante (chicas mayores de 14 años) enlabores de empaque. Las niñas presentan una doble jornada de trabajo debido a sus responsabilidades domésticas. El ingreso promedio diario es de 97 pesos mexicanos (alrededor de $9.40 dólares de los EE. UU.), que contribuye a cerca de la mitad del ingreso global de la familia. Se concluye que el derecho a la educación y a la salud de la población infantil jornalera son los más afectados, ya que dos tercios de los niños y niñas encuestados no asisten a la escuela y sus condiciones de trabajo conllevan considerables riesgos para la salud.
Da meados da década de oitenta do século passado, a redução do gasto público destinado à região campestre e a eliminação das barreiras comerciais puseram em ação a competitividade do setor agrícola mexicano. As empresas adotaram mudanças tecnológicas e da organização no trabalho a partir duma combinação de mão-de-obra qualificada com mão-de-obra desvalorizada com base no gênero, idade e o grupo étnico; este último aspecto funciona em condições de flexibilidade ampla no trabalho. Este artigo analisa as maneiras de inserção do trabalho migrante das crianças na agricultura de exportação do México. Os dados foram obtidos num campo de trabalhadores duma das empresas mais importantes do ramo. Aplicou-se um questionário a 66 famílias e 41 entrevistas semi-estruturadas, três workshops com crianças e uma matriz de riscos no trabalho foram aplicados. Noventa e quatro per cento dos meninos e das meninas trabalham na colheita do pimentão e do tomate e o seis per cento restante (meninas maiores de 14 anos) trabalham nas tarefas de embalagem. As meninas apresentam uma jornada de trabalho dupla devido as suas responsabilidades domésticas. A renda média diária é de 97 pesos que corresponde aproximadamente à metade da renda total da família. Conclue-se além disso que o direito à educação e à saúde da população infantil trabalhadora é o mais afetado e que dois terços dos meninos e das meninas questionadas não assistem as aulas, como também que as suas condições de trabalho são um risco muito sério para a saúde.
Since the mid-1980s, the decrease in public spending targeted to rural areas and the elimination of trade barriers challenged the competitiveness of the Mexican agrarian sector. Enterprises adopted technological and work-organizational changes, combining qualified manpower with other labor forces devalued by reasons of gender, age or ethnicity; the latter labor forces operate now under conditions of strong work flexibility. This paper analyzes forms of insertion of migrant child labor in the Mexican export agriculture. The data collection for this research was done in a dayworkers camp belonging to one of the chief enterprises in this sector. Data were gathered through a survey of 66 families, 41 semi-structured interviews, 3 workshops with children, and a labor-risk matrix. It was found that 94% of children work in picking cucumber and tomato crops, and the remaining 6% (girls 14 years of age and older) in packing chores. Girls endure a double work day, due to their domestic duties. Average daily income is 97 Mexican pesos (about $9.40 US-dollars), which amounts to nearly one-half of the global family income. The conclusion is that the right to education and the right to health of the child work-force are the most affected, given the fact that twothirds of the children surveyed do not go to school, and their labor conditions expose them to considerable health risks.