ABSTRACT
Com a finalidade de avaliar a porcentagem de falso-negativos e de outros diagnósticos entre casos de tuberculose pulmonar sem confirmação bacteriológica, os autores estudaram uma amostra de 117 pacientes procedentes do Centro de Saúde de Duque de Caxias, área metropolitana do Rio de Janeiro. A investigação clínica se realizou através de exames que compreendiam três estágios de complexidade crescente. Dos 117 pacientes da amostra, 94 tinham baciloscopia negativa para BAAR (Grupo I) e 23 não foram submetidos a este exame, (Grupo II). Do total de 117 pacientes, 21 apresentaram baciloscopia positiva no reexame (15 do Grupo I e 6 do Grupo II); 33 foram negativos à baciloscopia, mas, positivos em cultura de M.tuberculosis (27 do Grupo I e 6 do Grupo II); 3 tiveram baciloscopia e cultura negativas, mas, se manteve o diagnóstico de tuberculose pulmonar com base em outros métodos de diagnóstico. Observou-se que, no primeiro estágio da investigação, que utilizava técnicas de rotina, houve alta resolução diagnóstica (oitenta e oito porcento); o segundo e terceiro estágios com técnicas mais agressivas e sofisticadas, elucidaram o restante dos casos, com índice de resolução de (nove,quatro porcento) e (Dois,seis porcento) respectivamente. O estudo mostrou que se aqueles 117 pacientes com diagnóstico inicial de tuberculose pulmonar tivessem iniciado tratamento, 60 (cinquenta e um,treis porcento) o faziam desnecessariamente com a agravante de que um falso diagnóstico retarda o atendimento correto do caso