ABSTRACT
Este trabalho foi conduzido em duas etapas. Na primeira, foram investigadas junto a 300 estudantes de graduação da UFSC, suas atitudes face ao autoritarismo, seus valores para a construção da sociedade ideal, sua participação política, inserção social e representação de democracia. Na segunda etapa, realizamos entrevistas com nove daqueles estudantes, onde abordamos os temas da política, juventude, democracia e perspectivas de futuro. Do ponto de vista aqui adotado, as atitudes e valores, enquanto dimensões das representações sociais, atuam como mediadoras junto à esfera do comportamento político. Este não é, no entanto, um movimento linear, já que elementos surgidos a partir da inserção social e participação política também participam na construção das representações. O estudo da relação entre as representações e a participação dos estudantes frente à política pressupõe uma articulação entre aspectos sociológicos e psicológicos do fenômeno político, e nesse sentido, procuramos compreender as representações entre configurações culturais dominantes por um lado, e a dinâmica social em seu conjunto por outro. De forma sucinta, situamos a participação juvenil - em particular o segmento universitário - no contexto de transformações políticas e sociais ocorridas desde a década de 60, no intuito de indicar que essas transformações alteraram a relação deste segmento social com a 'esfera da política', delineando um novo perfil de participação. À luz do referencial teórico adotado procuramos compreender as representações e o comportamento político daqueles estudantes, em conjunto e em relação ao contexto envolvente (AU)
