ABSTRACT
Mediante a experiência de elaboração de atualizações de 12 escolas da Grande São Paulo em encaminhamentos sobre sexualidade, diversidade sexual e saúde sexual e reprodutiva, é discutida a importância de preparação dessas instituições para a atuação escolar visando à prevenção de vulnerabilidades de saúde e de violências que acometem alunos LGBT por parte de outros alunos e também de educadores. A invisibilidade da atuação escolar sobre as ocorrências que acometem a população LGBT possui diretrizes que já são exlicitadas em legislações e normas nacionais e que vinham sendo implementadas em planos de educação - que apesar de estarem enfrentando retrocessos políticos, ainda se embasam nas noções de direitos humanos que precisam ser esclarecidas e conhecidas por esses educadores.
Subject(s)
Humans , Adolescent , Sexuality , HomophobiaABSTRACT
O discurso da Educação em Saúde se apresenta como um "saber" que deve ser levado às populações, contribuindo para a concretização de uma Política de Saúde de Estado. Porém, faz-se necessário analisar esse discurso e suas condições de produção, de maneira a caracterizar sua base ideológica e seu papel político. Por meio de exemplos, é discutido como algumas ferramentas discursivas presentes em materiais educativos de saúde podem ser utilizadas de maneira a reforçar estigmas e re-marginalizar determinados grupos sociais, contribuindo para a estigmatização desses indivíduos e se configurando como violência institucional. Nesse sentido é necessário resgatar modelos de intervenção democráticos que se baseiem no conceito de vulnerabilidade e que possibilitem a promoção do respeito e da autonomia para o cuidado da saúde.