Multi-family group intervention in a programme for patients with first-episode psychosis: a Brazilian experience.

BACKGROUND: Patients' relatives are considered crucial for treatment and recovery in psychosis but family intervention studies have shown contradictory results in first-episode psychosis. The aims of this study were to survey caregivers' satisfaction with the multi-family intervention delivered by our programme and to verify if knowledge acquisition about illness and treatment provided by the family intervention was considered enough and understandable. METHODS: Sixty five family members of 46 first-episode patients were invited to answer a satisfaction questionnaire about the intervention. RESULTS: Forty individuals returned the questionnaire: 31 women (77.5%) and nine men (22.5%). Most (82.5%) had daily contact with the patient and 19 (47.5%) were mothers. Regarding knowledge acquisition, approximately one third did not improve their understanding of the illness. Nonetheless, 90% of the participants believed the meetings helped them to cope with their ill relative and 95% approved the multi-family format. CONCLUSIONS: Non-specific aspects of the intervention were seen as the most useful part of the programme. An important target of treatment would be to improve the way in which the specific psychoeducational components are delivered to individuals with low formal education.

Conhecimento sobre a doença e expectativas do tratamento em familiares de pacientes no primeiro episódio psicótico: um estudo transversal / Knowledge of the disease and treatment expectations in relatives of patients with the first psychotic episode: a cross-sectional study

INTRODUÇÃO: Os familiares de pacientes no primeiro episódio psicótico ocupam um lugar importante no tratamento e na recuperação de seus parentes em atendimento. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento sobre transtorno psicótico e as expectativas de tratamento dos familiares desses pacientes. MÉTODO: Antes de participarem de um grupo multifamiliar, os parentes dos pacientes no primeiro episódio psicótico responderam a um questionário a respeito de seus conhecimentos sobre a doença e de suas expectativas em relação ao tratamento. RESULTADOS: A amostra constituiu-se de 47 mulheres (82,5 por cento) e 10 homens (17,5 por cento), sendo a maioria mães dos pacientes. As respostas mostraram haver nenhum ou pouco conhecimento sobre o que é a crise psicótica, seus sintomas, tratamento e medicação. Em relação ao que gostariam de conversar no grupo de familiares, 16 (28 por cento) indivíduos não responderam, 12 (21 por cento) queriam saber como lidar com seu parente doente, seis (10,5 por cento) queriam conversar sobre tudo, seis (10,5 por cento) queriam entender o problema do parente, e 17 (30 por cento) queriam conversar sobre a doença e aspectos relacionados. DISCUSSÃO: Os resultados mostraram que o conhecimento sobre a doença é escasso e que há interesse, principalmente, em saber como lidar com a situação. CONCLUSÕES: O acolhimento e as informações vão ao encontro das necessidades dos usuários e podem ajudar a melhorar a adesão ao tratamento, a qualidade das relações familiares e a evolução da doença.