[Sanitary statistics and social interdependence during the First Republic]. / Estatísticas sanitárias e interdependência social na Primeira República.

This article analyzes the place of quantification technologies in the network formed to fight diseases, from the Pasteurian revolution to the sanitation movement of the 1920s. It investigates the role of sanitary demography in the imposition of the Pasteurian model among physicians, followed by the statistical monumentalization of the reforms for different social actors. Bruno Latour's actor-network theory and Michel Foucault's works on governmentality are used to problematize a set of documents consisting of the 1906 census, demographic articles and bulletins published in the medical press, statistical yearbooks and ministerial reports.

O artigo analisa o lugar das tecnologias de quantificação na rede formada em torno do combate às doenças, da revolução pastoriana até o movimento sanitarista dos anos 1920. Investiga o papel da demografia sanitária na imposição do modelo pastoriano entre os médicos, seguido da monumentalização estatística das reformas junto a diferentes atores sociais. A teoria do ator-rede de Bruno Latour e os trabalhos de Michel Foucault sobre a governamentalidade são usados para problematizar o conjunto documental formado pelo censo de 1906, artigos e boletins demográficos publicados na imprensa médica, anuários estatísticos e relatórios ministeriais.

Estatísticas sanitárias e interdependência social na Primeira República / Sanitary statistics and social interdependence during the First Republic

O artigo analisa o lugar das tecnologias de quantificação na rede formada em torno do combate às doenças, da revolução pastoriana até o movimento sanitarista dos anos 1920. Investiga o papel da demografia sanitária na imposição do modelo pastoriano entre os médicos, seguido da monumentalização estatística das reformas junto a diferentes atores sociais. A teoria do ator-rede de Bruno Latour e os trabalhos de Michel Foucault sobre a governamentalidade são usados para problematizar o conjunto documental formado pelo censo de 1906, artigos e boletins demográficos publicados na imprensa médica, anuários estatísticos e relatórios ministeriais

Estatísticas nas Américas: por uma agenda de estudos históricos comparados / Statistics in the Americas: an agenda for historical studies compared

Esta publicação reúne artigos de vários autores. Parte foi elaborada para uma das sessões na Latin American Studies Association - LASA, realizada no Rio de Janeiro, e parte para uma sessão ocorrida no próprio IBGE, ambas em 2009, cujos debates realçaram o estado atual das pesquisas históricas da atividade estatística, sejam elas realizadas em instituições estatísticas ou em ambiente acadêmico. Quatro países – Argentina, Brasil, Canadá e México – revelaram suas realidades históricas, e os textos, elaborados em seus respetivos idiomas de origem – Espanhol, Português e Francês – reportam tais experiências. (...) A introdução foi traduzida para o Inglês, estando também neste idioma, ao final do livro, os resumos de todos os textos. A publicação está estruturada em quatro seções: uma em que se faz abordagens historiográficas, com revelação de métodos de análise; duas outras com narrativas socio-históricas, ora focando os estados e as instituições, ora a ciência e a técnica; por último, uma que se destina a refletir sobre como seguir adiante, dando curso, em futuro próximo, num espaço regional, a estudos comparados, pelos quais sejam realçadas as possíveis proximidades e os inevitáveis afastamentos nas histórias nacionais. Ao final, duas entrevistas revelam trajetórias intelectuais exemplares: a de Hernán Otero e a de Jean-Pierre Beaud, dois estudiosos da história da atividade estatística, em perspectiva sociológica, e suas produções bibliográficas, sob a escolha dos próprios autores. Que este livro, resultante dos recentes debates ocorridos sobre a pesquisa histórica das estatísticas, no âmbito das sessões da LASA e do IBGE, seja recepcionado como um convite à comunidade acadêmica brasileira no sentido de trabalhar este tema junto ao IBGE, e em agenda própria de pesquisa. Que seja visto, sobretudo, como um exemplo às instituições estatísticas de outros países, estimulando-as à prática de tais pesquisas, como forma de ampliar sua aceitação como organizações necessárias às sociedades democráticas. Que todos, então, pesquisadores acadêmicos e pesquisadores nas instituições estatísticas, e elas próprias, em seus programas de atividades, se irmanem na pesquisa histórica da atividade estatística (e, sempre que próprio, também da atividade geográfica, como no caso do IBGE). Nossos países só terão a ganhar, tornando nossas histórias pátrias melhor escritas. O CD-ROM que acompanha a publicação reproduz o conteúdo impresso.

The sociology of statistics: the possibilities of a new field of investigation.

This article presents the possibilities for investigation unveiled by the sociology of statistics. Of particular importance in the area of demand is the power to provide the fundamentals used in government technologies in nation states (political domain). In terms of the use of statistics, the role in forming the categories of perceptions of reality (cognitive domain) is highlighted. Within the scope of production (institutional domain), it is important to emphasize the organization of the activity into different temporal categories. The tensions between the technical/normative advances recommended by scientific associations and the pragmatic requirements of public administration are also examined. This article seeks to provide a brief reflection on the morphology of statistical institutions and their scientific culture.