ABSTRACT
Visceral leishmaniasis (VL) or American visceral leishmaniasis, a zoonotic disease initially associated with rural areas, is expanding in the state of São Paulo. Toward the metropolitan regions of São Paulo since the first autochthonous cases in dogs reported in 1998, with consequent increase in the human population, the disease is becoming an important concern for public health in the state. In this context, the present study aimed to analyze the knowledge of the population from the city of Cotia (SP), Brazil, on this disease, as well as of the veterinarians and their participation on the transfer of information about its prevention. Results showed that 98.6% of 860 residents had no prior knowledge of the VL. We also observed a statistically significant association between knowledge of the disease and owners with family income greater than six minimum wages when compared to those with incomes up to three minimum wages. No method of preventing VL in the dog was reported by 99.2% of respondents and 99.8% of dog owners had never heard about the vaccine against canine VL. The investigation showed that the main clinical signs of canine VL were known by 37,5% of veterinarians and 62,5% of them had given usual orientations on the prevention of VL to animal owners.
A leishmaniose visceral (LV) ou leishmaniose visceral americana, uma zoonose inicialmente associada a áreas rurais, encontra-se em franca expansão no estado de São Paulo. Em direção às regiões metropolitanas da capital paulista desde os primeiros casos autóctones em cães notificados em 1998, com consequente aumento na população humana, a doença vem se constituindo em importante preocupação para a saúde pública no estado. Nesse contexto, o presente estudo objetivou analisar, por meio da aplicação de questionários, o conhecimento da população do município de Cotia (SP), Brasil, sobre a LV, bem como dos clínicos veterinários do município e sua participação no repasse de informações sobre a prevenção da mesma. Dos 860 munícipes entrevistados, 98,6% afirmaram não ter conhecimento prévio da LV. Observou-se ainda, em relação a este conhecimento, associação estatisticamente significante entre o grupo de proprietários com renda familiar maior que 6 salários mínimos, quando comparado ao grupo com renda de até 3 salários mínimos. Nenhum método de prevenção no cão era adotado por 99,2% dos entrevistados e 99,8% dos proprietários de cães nunca tinham ouvido falar sobre a vacina canina contra a LV. O inquérito demonstrou que os principais sinais clínicos da LV canina eram conhecidos por 37,5% dos veterinários entrevistados e que 62,5% destes faziam orientação sobre a prevenção da LV a todos os seus clientes.
