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1.
ABC., imagem cardiovasc ; 36(3 supl. 1): 26-26, jul.-set., 2023.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1518582

ABSTRACT

APRESENTAÇÃO DO CASO: Lactente sem diagnósticos prévios, internado com dispneia e baixo débito cardíaco aos dois meses de vida. Transferido para serviço de referência em cardiopatias congênitas em ventilação mecânica e em uso de drogas vasoativas. Realizado ecocardiograma que demonstrou drenagem anômala total das veias pulmonares (DATVP) do tipo mista, com as veias pulmonares esquerdas drenando em veia vertical ascendente, que desemboca na veia inominada, e então na veia cava superior (VCS) e as veias pulmonares direitas drenando no seio coronário, que desemboca no átrio direito. O exame também demonstrou comunicações interatriais tipo ostium secundum não restritivas com fluxo do átrio direito para o esquerdo, dilatação importante das cavidades direitas, ventrículo direito com hipertrofia importante e disfunção sistólica, além de hipertensão pulmonar. Submetido a angiotomografia de coração corroborando o diagnóstico, com melhor visualização de todo o trajeto da veia vertical. Realizada cirurgia com redirecionamento das veias pulmonares e ligadura da veia vertical, com sucesso. DISCUSSÃO: A DATVP é uma cardiopatia congênita cianótica rara na qual todas as veias pulmonares se conectam com o sistema venoso sistêmico. Resulta da persistência das conexões embrionárias do plexo venoso pulmonar. O tipo IV da classificação de Darling e colaboradores ou drenagem mista é a associação entre duas ou mais dentre as formas supracardíaca, infracardíaca ou intracardíaca. Neste caso, houve combinação da drenagem supracardíaca das veias pulmonares esquerdas (que por meio da veia vertical drenavam na VCS), com a drenagem intracardíaca das veias pulmonares direitas (que drenavam no átrio direito através do seio coronário). Esta associação é uma variante rara com apenas alguns relatos. O ecocardiograma realizado por profissional experiente em cardiopatias congênitas dá o diagnóstico, mas a associação com outros métodos de imagem como a tomografia é especialmente importante nas variantes mistas para permitir um plano cirúrgico adequado e o redirecionamento completo, evitando lesões residuais. COMENTÁRIOS FINAIS: Apresentamos um caso de DATVP com drenagem cardíaca e supracardíaca, forma rara e de diagnóstico desafiador, definido pelo ecocardiograma e confirmado por tomografia computadorizada com reconstrução 3D. Devido à grande variabilidade da DATVP, é essencial detalhar bem o trajeto, as conexões dos vasos e o local de drenagem de cada um deles para um manejo adequado.

2.
ABC., imagem cardiovasc ; 35(3 supl. 1): 25-25, jul.-set. 2022.
Article in Portuguese | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1444311

ABSTRACT

CASO: Paciente de 37 anos, G2P1A0, com 33 semanas de idade gestacional, encaminhada para realização de ecocardiografia fetal devido a desvio da área cardíaca para a direita ao ultrassom morfológico. O ecocardiograma fetal mostrou desvio a direita, dilatação das cavidades cardíacas direitas e do tronco pulmonar, e hipoplasia da artéria pulmonar direita, que media 2 mm (Escore Z de -3,77). As duas veias pulmonares esquerdas drenavam no átrio esquerdo, não sendo visualizadas as veias pulmonares direitas. Dessa forma, analisamos as veias pulmonares direitas, que drenavam em um coletor através de uma veia vertical, e desembocava no átrio direito, próximo à veia cava inferior, sendo feito diagnóstico de drenagem anômala parcial das veias pulmonares direitas infracardíaca, associado à hipoplasia segmentar da artéria pulmonar direita e dextroposição do coração, sugerindo hipoplasia pulmonar à direita, caracterizando a Síndrome de Cimitarra. Não foi visualizado vaso anômalo que evidenciasse sequestro pulmonar. DISCUSSÃO: A síndrome de Cimitarra é uma malformação congênita rara, caracterizada por drenagem pulmonar anômala parcial ou total do pulmão direito, na veia cava inferior, muito associada à hipoplasia do pulmão direito, sequestro pulmonar, persistência de veia cava superior esquerda e dextroposição do coração. Tem uma incidência de cerca de 1-3 a cada 100.000 nascidos vivos, podendo ser maior devido a pacientes assintomáticos. Deve-se suspeitar deste diagnóstico ao ecocardiograma fetal quando houver desvio do mediastino para a direita e hipoplasia da artéria pulmonar direita. A dilatação das cavidades cardíacas direitas pode sugerir a drenagem anômala das veias pulmonares, no entanto, este pode ser um achado normal no terceiro trimestre da gestação ou ser desencadeada por outras cardiopatias, como a coartação de aorta. O sinal de cimitarra, refere-se à imagem semelhante à espada turca convexa que corresponde à drenagem venosa pulmonar anômala direita para a veia cava inferior. COMENTÁRIOS FINAIS: O diagnóstico pré-natal da Síndrome de Cimitarra ao ecocardiograma fetal é importante para o encaminhamento da gestante a uma maternidade de referência, manejo perinatal adequado e planejamento cirúrgico. Portanto, na presença de sinais indiretos de drenagem anômala das veias pulmonares, dextrocardia e hipoplasia do pulmão direito, torna-se necessária a completa visualização da drenagem das quatro veias pulmonares e das dimensões da artéria pulmonar direita.

3.
ABC., imagem cardiovasc ; 31(4 supl.1): 12-12, out., 2018.
Article in Portuguese | Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1026128

ABSTRACT

APRESENTAÇÃO DO CASO: Criança de 6 meses, 5,2 kg, operada de coartação da aorta (CoAo) aos 34 dias de vida, tendo recebido alta no 11º pós-operatório. Devido a permanência de sintomas (cansaço às mamadas, sudorese, crises de cianose, palidez e hipoatividade após choro intenso), procurou nosso serviço. O ecocardiograma evidenciou ampla comunicação interatrial (CIA) tipo seio venoso inferior com graves dilatação e disfunção do ventrículo direito (VD), câmaras esquerdas reduzidas e via de saída do ventrículo esquerdo (VE) estreita devido a deslocamento sistólico do septo para o lado esquerdo. Havia insuficiência tricúspide moderada, com PSVD de 85 mmHg. Observada CoAo grave (residual?), sendo o gradiente na aorta descendente de 20mmHg. O tratamento inicial foi a aortoplastia com stent via carotídea com sucesso, seguido do reparo cirúrgico da CIA, uma semana após. Saiu em ECMO sendo mantida CIA na fossa oval como escape. Sete dias após, saiu de assistência com boa recuperação. DISCUSSÃO: O caso mostra como a associação de dois defeitos simples e fáceis de tratar podem levar a uma condição hemodinâmica crítica culminando com uma evolução extremamente desfavorável. A pós-carga imposta agudamente ao VE após o fechamento do ducto arterioso levou a ICC precoce, desencadeando a istmoplastia término-terminal. A CIA seio venoso inferior é rara, o diagnóstico requer uma avaliação detalhada do septo interatrial pela janela subcostal. O diagnóstico da CoAo neonatal, que por si só leva a dilatação das câmaras direitas, pode justificar a negligência da CIA. Embora operada, a CoAo não foi eliminada, mantendo a associação maligna: cardiopatia de hiperfluxo + doença obstrutiva esquerda. Sendo assim, o paciente se apresentou criticamente comprometido, com hiperfluxo pulmonar e baixo débito cardíaco já que pela obstrução à frente, boa parte do retorno venoso pulmonar era desviado no plano atrial para o lado direito. A opção da aortoplastia com stent previamente a cirurgia com CEC eliminou a obstrução esquerda facilitando a acomodação do retorno venoso pulmonar para o VE após o fechamento da CIA. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A associação de grave obstrução ao fluxo sistêmico com o amplo defeito septal diagnosticado tardiamente foi crítica para a evolução desfavorável do lactente com dois defeitos de simples tratamento. Os autores chamam a atenção da associação maligna dos defeitos e da importância do diagnóstico precoce e completo das anomalias congênitas. (AU)


Subject(s)
Infant, Newborn , Aortic Coarctation , Heart Septal Defects, Atrial
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