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1.
Psicol. soc. (Online) ; 26(spe): 68-78, 2014.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-61286

ABSTRACT

O presente estudo parte do crescente processo de judicialização do cuidado em saúde mental de jovens usuários de drogas e tem por objetivo problematizar a forma como, na relação entre os campos da Saúde Mental e da Justiça, vai se desenvolvendo uma biopolítica voltada para o governo da população de "adolescentes drogaditos". Para tanto, realizamos a análise de processos judiciais de internação compulsória de jovens por uso de drogas. Fundamentamo-nos nas ferramentas teóricas e metodológicas da Psicologia Social, dentro de uma perspectiva pós-estruturalista, especialmente no que se refere ao pensamento de Michel Foucault, na forma como o autor desenvolveu uma análise dos discursos e da emergência dos saberes na sua articulação com mecanismos e tecnologias de poder. A partir dessa perspectiva, evidenciamos a forma como essa biopolítica, embora aja em nome da garantia de direitos, opera produzindo vulnerabilidades.(AU)


El presente estudio parte del creciente proceso de judicialización del cuidado en salud mental de jóvenes usuarios de drogas y tiene por objeto problematizar la forma como, en la relación entre los campos de la Salud Mental y la Justicia, se va desarrollando una biopolítica orientada al gobierno de la población de "adolescentes drogadictos". Se ha llevado a cabo el análisis de procesos judiciales de internamiento forzoso de jóvenes por uso de drogas. El estudio está fundamentado en las herramientas teóricas y metodológicas de la Psicología Social, dentro de una perspectiva postestructuralista, especialmente en lo que atañe al pensamiento de Michel Foucault y la forma como desarrolló el análisis de los discursos y la emergencia de los saberes en su articulación con mecanismos y tecnologías de poder. A partir de éstos, se evidencia cómo dicha biopolítica, aunque actúe a nombre de la garantía de los derechos, opera produciendo vulnerabilidad.(AU)


The present study addresses the increasing process of judicialization of mental health care of young drug users, and aims at problematizing the way in which a biopolitics directed towards the government of the population of 'addicted teenagers' has been developed in the relationship between the fields of Mental Health and Justice. The development of this research is based on the analysis of lawsuits of adolescents that had been ordered the protective measure of psychiatric hospitalization for treatment for drug addiction. We have based our study on the theoretical and methodological tools of Social Psychology, especially with regard to the work of Michel Foucault, in the way that this author developed an analysis of both discourses and the emergence of knowledges in their articulation with power mechanisms and technologies. By analyzing these documents, we have attempted to identify that this biopolitics, in spite of guaranteeing rights, operates by producing vulnerabilities.(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Drug Users , Health Policy , Commitment of Mentally Ill , Adolescent, Institutionalized , Human Rights , Judicial Decisions , Social Problems
2.
Psicol. soc. (Online) ; 26(spe): 68-78, 2014.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-718303

ABSTRACT

O presente estudo parte do crescente processo de judicialização do cuidado em saúde mental de jovens usuários de drogas e tem por objetivo problematizar a forma como, na relação entre os campos da Saúde Mental e da Justiça, vai se desenvolvendo uma biopolítica voltada para o governo da população de "adolescentes drogaditos". Para tanto, realizamos a análise de processos judiciais de internação compulsória de jovens por uso de drogas. Fundamentamo-nos nas ferramentas teóricas e metodológicas da Psicologia Social, dentro de uma perspectiva pós-estruturalista, especialmente no que se refere ao pensamento de Michel Foucault, na forma como o autor desenvolveu uma análise dos discursos e da emergência dos saberes na sua articulação com mecanismos e tecnologias de poder. A partir dessa perspectiva, evidenciamos a forma como essa biopolítica, embora aja em nome da garantia de direitos, opera produzindo vulnerabilidades.


El presente estudio parte del creciente proceso de judicialización del cuidado en salud mental de jóvenes usuarios de drogas y tiene por objeto problematizar la forma como, en la relación entre los campos de la Salud Mental y la Justicia, se va desarrollando una biopolítica orientada al gobierno de la población de "adolescentes drogadictos". Se ha llevado a cabo el análisis de procesos judiciales de internamiento forzoso de jóvenes por uso de drogas. El estudio está fundamentado en las herramientas teóricas y metodológicas de la Psicología Social, dentro de una perspectiva postestructuralista, especialmente en lo que atañe al pensamiento de Michel Foucault y la forma como desarrolló el análisis de los discursos y la emergencia de los saberes en su articulación con mecanismos y tecnologías de poder. A partir de éstos, se evidencia cómo dicha biopolítica, aunque actúe a nombre de la garantía de los derechos, opera produciendo vulnerabilidad.


The present study addresses the increasing process of judicialization of mental health care of young drug users, and aims at problematizing the way in which a biopolitics directed towards the government of the population of 'addicted teenagers' has been developed in the relationship between the fields of Mental Health and Justice. The development of this research is based on the analysis of lawsuits of adolescents that had been ordered the protective measure of psychiatric hospitalization for treatment for drug addiction. We have based our study on the theoretical and methodological tools of Social Psychology, especially with regard to the work of Michel Foucault, in the way that this author developed an analysis of both discourses and the emergence of knowledges in their articulation with power mechanisms and technologies. By analyzing these documents, we have attempted to identify that this biopolitics, in spite of guaranteeing rights, operates by producing vulnerabilities.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adolescent, Institutionalized , Commitment of Mentally Ill , Drug Users , Health Policy , Human Rights , Judicial Decisions , Social Problems
3.
Rev. Polis Psique ; 3(3): 143-164, 2013.
Article in Portuguese | Index Psychology - journals | ID: psi-60907

ABSTRACT

A partir da percepção do vertiginoso aumento do número de pessoas presas nas últimas décadas, especialmente no Brasil, a pesquisa procura indagar sobre o papel da teoria do direito penal. O artigo parte do pressuposto de que a violência da prisionalização produz inevitáveis implicações éticas, sociais e políticas na dogmática penal. Assim, procura indagar as relações entre as teorias de justificação da pena e o fenômeno (empírico) do encarceramento em massa. As questões que movem a reflexão são, portanto, a instrumentalidade das teorias da pena na expansão do potestas puniendi e as explicações que os modelos justificacionistas ofereceriam ao problema da hiperpunitividade. A hipótese central do trabalho é a de que as tradicionais teorias da pena, em razão de sua fundamentação (jurídica) contratual e de sua perspectiva (social) consensualista, são incapacitadas de oferecer um modelo efetivamente redutor do punitivismo, situação que somente pode ser superada com a adoção de critérios de interpretações fundados na ideia de conflito – condições de possibilidade de uma penologia crítica.(AU)


Desde la percepción del vertiginoso incremento en el número de personas presas en las últimas décadas, especialmente en Brasil, la investigación busca indagar acerca del papel de la teoria del derecho penal. El presente artículo parte del supuesto de que la violencia de la prisionalización produce inevitables implicaciones éticas, sociales y políticas en la dogmática penal. Así, busca indagar las relaciones entre las teorías de justificación de la pena y el fenómeno empírico del encarcelamiento masivo. Las cuestiones que mueven la reflexión son, por lo tanto, la instrumentalidad de las teorías de la pena en la expansión de la potestas puniendi y las explicaciones que los modelos justificacionistas brindarían al problema de la hiperpunitividad. La hipótesis central del trabajo consiste en que las tradicionales teorías de la pena, sobre la base de su fundamentación (jurídica) contractual y su perspectiva (social) consensualista, están incapacitadas para brindar un modelo efectivamente reductor del punitivismo, situación que sólo podrá superarse con la adopción de criterios de interpretación fundados en la idea de conflicto – condiciones de posibilidad de una penología crítica.(AU)


Taking into consideration the perception of a great increase in the number of people imprisoned in the last decade, the research seeks to question the role of criminal law studies. The article makes the assumption that the violence of incarceration produces inevitable ethical, social and political implications in criminal sciences. Thus, it seeks to question the relationship between the theories of punishment and the (empiric) phenomenon of mass incarceration. Therefore, the issues that move this reflection are the instrumentality of the theories of punishment in the expansion of potestas puniendi and the explanations that the justify models could offer to the problem of hyperpunishment. The core hypothesis of this work is that the traditional theories of punishment, due to its contractual (legal) basis and its consensual (social) perspectives, are unable to offer a model that reduces punishment effectively, a situation that can be overcome with the adoption of interpretation criteria based on the idea of conflict – conditions that makes possible a critical penology.(AU)

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