ABSTRACT
O texto apresenta um caso clínico de agorafobia em um homem. A crise apareceu quando ele se preparava para fazer uma viajem ao país natal de sua família em companhia de seu amigo. Naquele momento seu amigo atravessava uma crise e o deixa. O autor nos mostra, por meio da historia do sujeito, que o rompimento da vida amorosa tem como conseqüências o aparecimento de um gozo perverso, uma atividade voyeurista: ver pênis em ereção. Mas o pênis fetichizado comporta um engano. O que Simon olha no Outro, no olho do parceiro que diz amar, é i(a), olha-se a sim mesmo como um ser desejável, suscetível de ser amado.
This article presents a clinical case of agoraphobia. The crisis appeared when he was getting ready for a trip with his partner to his family's homeland. Due to a crisis in the relationship his partner decides to leave him. The rupture in his love life has as a consequence the dawn of perverse joy, a voyeur activity: stare at the ones who show their erect penis. However, the fetish penis holds a trap. What Simon sees in the Other, in the eye of the partner he says he loves is i(a), sees himself as a desired being, able to be loved.