ABSTRACT
Pode-se observar através de dados fornecidos pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica do CIS - que a incidência da Difteria nos últimos 10 anos decresceu sensivelmente para o conjunto do Estado, passando de 4,39/100.000 hab. em 1970 para 0,68/100,000 hab, em 1980. A partir de 1976 intensificou-se a vacinação e em 1977 observa-se o declínio mais acentuado da incidência. A Região Metropolitana, em geral, tem contribuído com a maior percentagem de casos, os quais vem ocorrendo principalmente nos Subdistritos e Distritos de Paz de São Miguel Paulista, Guaianazes e nos municípios de Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Mogi ds Cruzes e Itapecerica da Serra, o que demonstra que a ocorrência da Difteria está relacionada às características sociais dos grupos populacionais, à migração, às condições de vida e acesso aos serviços de saúde. O grupo de maior risco tem sido o de menores de 5 anos, e, embora o maior percentual de casos venha ocorrendo em não vacinados, há ainda um grande número de casos com segunda ou terceira dose ou mesmo a de reforço, o que exige maiores estudos que expliquem essa incidência em vacinados, seja quanto à conservação, estocagem e técnica de aplicação da vacina, seja quanto aos fatores que interferem na resposta imunitária e mesmo quanto aos critérios diagnósticos. As ações de controle da Difteria na comunidade, como exame de comunicantes familiares e escolares, vacinação, orientações, etc., não vem sendo realizadas em nível desejado. Constatou-se que para a melhoria do Sistema de Vigilância Epidemiológica e do controle da Difteria há a necessidade de aumentar a cobertura vacinal, promover pesquisas, quanto a eficácia da vacina e o estado imunitário nos grupos de maior risco, melhorar o sistema de informações, o que implica em treinamento de pessoal, recursos humanos, implantação de unidades de vigilância em todos os níveis da Secretaria da Saúde e expansão dos serviços de saúde nas áreas carentes
